terça-feira, 26 de abril de 2011

O cigarro e a lamentável poluição

Há tempos que desejo escrever sobre este assunto, mas a questão do "tempo" nos tira de sincronia com quase todos os compromissos.
Aliás, falta de tempo não implica em deixar de andar míseros cinco ou seis passos para jogar o lixo no lixo. Isso se aplica ao consumo diário de doces embrulhados em belos pacotes ou papéis com emblema e nome do doce, por exemplo. Mas, infinitamente, uma coisa que me deixa enfurecido não mais do que chateado é ver bitucas de cigarro espelhadas pelo chão ou, pior ainda, ver no ato o primata arremessando-a diretamente ao chão.
Seja na rua, calçada, bueiro, jardins, escadas, pátios, estacionamentos etc, em todo lugar há, no mínimo, uma bituca de cigarro.
O que a Plantinha Valente tem a ver com sua preguiça de jogar a merda da bituca de cigarro no lixo ou num lugar apropriado para tal ao invés de jogar aos seus pés?
Por isso, deixo claro minha opinião de que cada um deve ser feliz com o que quer, do jeito que quer e quando quiser mas vale lembrar que onde termina o seu direito começa o do próximo. Ou seja, para você, fumante, não há necessidade de deixar seu vício de lado, mas participe dessa tentativa de preservação ambiental no qual estamos.
Você, que joga bitucas de cigarro no chão, provavelmente joga a caixinha de cigarros, o plástico transparente que embrulha a caixinha e assim por diante.
Vamos colaborar. A Plantinha Valente agradeçe.

E.... depois de publicado este post, nosso colega RF nos concedeu em forma de comentário, informações importantes como o programa BITUCA ZERO. Faço das palavras dele um complemento importantíssimo deste post. Obrigado.
Acompanhe o comentário dele e deixe sua opinião também.
É de pessoas assim que o mundo está, há um bom tempo, precisando.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Por que é tão difícil aceitar a morte?

Para morrer, basta estar vivo. Isso parece muito óbvio, não? Pois bem, a morte deve ser encarada como uma sequência da vida. Quando pensamos em morte, dificilmente encaramos como sendo uma coisa normal, principalmente em se tratando de familiares. Deus me livre, se os meus pais morrerem, não sei o que será de mim. Tudo bem, eu até acharia muito estranho se você pensasse o contrário. É lógico que queremos nossos familiares vivos, ainda mais nossos pais, irmãos e entes queridos.

Mas agora eu vou apresentar a seguinte situação: uma pessoa muito próxima a você está deitada em uma cama de hospital, em uma situação totalmente irreversível. Você rezaria para esta pessoa se permanecer viva ou descansar em paz? Eu sei, em se tratando de hipóteses, principalmente daquelas em que pensamos que nunca irá acontecer conosco, é lógico que a segunda opção será escolhida. Mas quando nos deparamos com uma situação dessas, nem que seja para a pessoa ficar sofrendo uma eternidade, queremos ela aqui no nosso mundo.

Apesar de ser com a melhor das intenções, este é um sentimento egoísta, pois estamos pensando apenas em nosso bem estar, pois gostamos dela, e não no que é melhor para ela, no caso, seu descanso eterno. Eu sei muito bem, pois perdi duas avós com doenças degenerativas e, apesar de vê-las sofrendo dia e noite, sempre pedi para Deus para que as mantivesse vivas a qualquer custo. Mas, por que? Não era melhor que descansassem em paz? Quer o exemplo de um pensamento egoísta? Quero morrer antes dos meus pais. Em outras palavras, quero que eles sofram por mim, ao invés de eu sofrer por eles. Isso é um pensamento justo? É isso o que queremos mesmo?

Eu sei, não somos nós quem decidimos sobre a vida ou a morte de alguém que está prestes a ir, é Deus. Ele é quem sabe a hora. Mas cabe a nós aceitarmos a sua decisão e não entrarmos em desespero. Temos que pensar que, se o seu tempo aqui na terra se esgotou, não há nada o que possamos fazer. Todos nós podemos ficar tristes, faz parte, afinal, alguém que gostamos muito não está mais entre nós, mas não podemos nos revoltar ou exigir explicações. Muito menos nos tranformar em ateus. Debruçar no caixão, fazer escândalos, nada disso adianta, além de você passar vergonha, nada acontecerá.

Já vi muita gente em desespero: Por que, meu Deus, por que tinha que ser esta pessoa? Por que não outra? Não é por aí. Todos nós morreremos um dia, é fato. Se hoje foi a vez de um ente querido seu, saiba que não será o primeiro e nem o último. Não somos eternos. Não estou dizendo para fazer festa em um enterro ou fingir que nada aconteceu, mas sim para aceitar de maneira passiva e compreensiva este grande acontecimento.

Concordo que é muito mais fácil escrever sobre isso do que vivenciar uma situação dessas, mas temos que estar preparados, pois é um momento que não avisa quando vai chegar. Após o choque inicial, temos que estar cientes de que a vida continua, muitas outras pessoas queridas ainda estão vivas e, com certeza, elas estão sofrendo com você. Senão pela pessoa que se foi, pelo seu próprio sofrimento.

Então, tenha em mente todos os bons momentos passados com seu ente querido e esqueça os sofrimentos, você verá que, com o passar do tempo, a tristeza diminuirá e então você passará a entender que esta pessoa estará sempre ao seu lado, não fisicamente, mas nas lembranças que lhe farão sorrir, pelo resto da sua vida.

Assim como hoje eu me lembro dos momentos maravilhosos que passei com as minhas avós, você poderá se lembrar de muita coisa boa que aconteceu. E, quando uma lágrima correr pelo seu rosto, não será de tristeza, e sim de saudade. Neste momento, pode ter a certeza de que a pessoa responsável pelos seus pensamentos estará tocando o seu coração e você não se sentirá desamparado, muito menos abandonado por alguém que partiu sem se despedir.

Chegou a hora, é isso o que temos que pensar, assim como chegará a nossa hora. Se alguém se foi, é sinal que sua missão aqui na terra já foi cumprida e é hora de retornar para os braços de Deus. Pense nisso e tente aceitar a morte sem questionar. Tenha em mente uma coisa: Deus sabe o que faz e jamais lhe dará um fardo (neste caso a dor da perda), maior do que você consiga carregar.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O vendedor de um só aparelho e a longa espera no pagamento

Sim, eu poderia ser um cara mais tranquilo... mas é difícil. Em geral, sou tranquilo, mas há a necessidade de me deixar 19 minutos encostado num caixa das Lojas Cem? A conta estava finalizada. Era só dizer:
- Sua conta ficou em tantos pilas, manolo X reais, senhor. Mas não.
Tudo começou quando resolvi dormir com a janela do quarto aberta. O calor está quase insuportável nesses dias (ou noites). Todavia, quando durmo com a janela aberta, acordo em outro ambiente. Já ouviu falar em... [Pernilongo] ? Acho que sou carregado durante a noite. São tantos pernilongos...
Pois bem... foi aí que me passou pela cabeça comprar um ventilador. Uáu, uma noite de euforia num profundo e silencioso e aconchegante ninar! O que diria a plantinha heróica, caso tivesse o dom de falar?
Foi aí que, por indicação de preço e pronta entrega, dirigi-me à empolgante compra da hélice-giratória-interno-gaiolal-elétrica, mais conhecida como "ventilador". Dentre os modelos espalhados pelo departamento da loja, escolhi o mais carismático e sincero. Uma verdadeira máquina de fabricar vento.
Após o "tempinho" de escolha:
- O senhor pode me acompanhar, por gentileza?
Fomos logo ao lado, onde havia um computador. A venda foi efetuada. Para o outro eletrodoméstico que comprei e que não vem ao caso, já havia a moça que me atendeu. Ou seja, estavam os dois vendedores lá, estagnados a me olhar, aguardando as minhas respostas. As perguntas são do tipo padrão: RG, CPF, endereço, renda mensal.... Renda mensal? Manolo, pra que saber quanto eu ganho por mês? Deve ser para terem frases do tipo.... o senhor ganha menos do que o mínimo para comprar este ventilador a vista. Catso, pouco importa à você, mero vendedor, o quanto eu ganho pelo meu suado e mensal trabalho!
... respiração profunda ...
Após os dois vendedores preencherem os dados da compra, a frase:
- Prontinho. Agora é só o senhor passar no caixa e depois apresentar o cupom fiscal para retirar o aparelho.
Eles dizem "prontinho", como se eu fosse uma adorável criança comprando bombons para levar para vovozinha. "Prontinho" é o escambau... meu agora é "Zé Pequeno", manolo.
Subo a escada rumo ao tal "caixa". Nem teve fila. Olhei para uma das moças do caixa e já fui atendido. Antes eu tivesse esperado na fila.
Encosto e lá se vão 19 preciosos minutos da minha vida de fim-de-semana. O limite mensal do meu cartão de crédito já tinha esgotado. Como eu havia falado que ia pagar nas 5 disponíveis vezes, a compra já estava atrelada à forma de pagamento. E quem agora poderá me defender? Quem poderia alterar a forma do pagamento? O vendedor. E o pior, era preciso os dois vendedores, um para cada eletrodoméstico que comprei. Eles tinham que acessar o sistema e alterar, um por vez, a forma de pagamento de minha compra. Catso, 14 minutos aguardando os vendedores, quem merece?!? Os outros 5 minutos foram para a atendente do caixa imprimir as duas vendas.
Agora me pergunto: pra que imprimir? A plantinha heróica se remoendo, neste momento, sentido a dor cruel de um mundo cruel cheio de pessoas cruéis que imprimem tudo o que vêem pela frente?
Imprimiu as duas compras:
- Assine aqui, senhor, a compra do seu ####### (eletrodoméstico 1).
- Também tem esta segunda compra, senhor (referindo-se ao eletrodoméstico 2). Assine aqui. - Não rola mais nem um "por favor, senhor"?
Assino os dois papéis contando a descrição das compras, recebo o cupom fiscal e desço para retirar as compras.
Depois de tudo isso, estufo o peito e em bom e alto tom discurso: - Sim, eu poderia ser um cara mais tranquilo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O que é o amor?

Parece até nome de música, mas ontem à noite eu estava pensando em escrever algo útil no blog, então este tema surgiu em minha mente e se encaixou como uma luva. A primeira coisa que fiz foi anotá-lo, pois queria muito escrever sobre este assunto há algum tempo. Agora, com um pouco mais de calma, vou escrever o que penso sobre este sentimento tão puro e ao mesmo tempo tão precioso, que é o amor.

Em primeiro lugar, o que é o amor? Nós sabemos identificá-lo? Muitas vezes caímos em armadilhas, pois pensamos que estamos amando uma pessoa, quando realmente tudo não passa de uma empolgação, uma paixão, atração, etc. algo que acaba diminuindo com o tempo, ocasionando o fim do relacionamento.

Podemos chamar de amor verdadeiro aquele que nossas mães sentem por nós. Este sim é incondicional, seja o filho boa pessoa ou não, esteja ele certo ou errado, sua mãe sempre vai amá-lo. Mas e quanto aos pais, eles não nos amam? Amam sim, mas o amor de mãe, protetora, é mais forte. Todos nós sabemos que não se pode medir, mas temos em mente que o amor que a mãe sente pelos seus filhos é maior que tudo nesta vida. Por isso, pense duas vezes antes de maltratar a sua mãe.

Outro grande exemplo de amor verdadeiro vem dos animais. Se você possui um cãozinho, saberá do que eu estou falando. Embora muitos defendam que eles não nos amam, são apenas fiéis a nós, o que eu discordo completamente, pois só eu sei o quanto meus cachorros ficam felizes comigo e o que eles seriam capazes de fazer para me defender, caso fosse necessário.

Até agora eu falei sobre amor verdadeiro, incondicional, mas se pararmos um pouco para pensar, existe algum outro tipo de amor? Teoricamente não deveria existir, não é mesmo? Então o que diferencia o amor de um casal de namorados de um amor entre mãe e filho? É até estranho pensar assim, não é mesmo? Porém, o amor que você sente pela sua mãe pode acabar? (Deus me livre! E eu torço para que você responda que não e que esta é uma pergunta ridícula!) E quanto ao amor de um casal de namorados, ou de marido e mulher? Sim, estes, frequentemente se acabam. Mas por que? Por que não eram amor? Mas não dizemos com todas as letras para alguém "Eu te amo!" quando estamos namorando? Confuso, não? Nem tanto, é apenas nosso coração nos pregando mais uma peça.

Na verdade, este sentimento puro e precioso, é muito mais complexo do que possamos imaginar. Eu conheço "algumas" pessoas que se gostavam muito mais enquanto eram apenas namorados do que quando se casaram. Amor não é ter ciúmes da pessoa, muito menos ficar grudado nela 24 horas por dia. Eu não vou tentar descrever este sentimento porque é impossível, assim como desvendá-lo. Mas existem algumas coisas que caracterizam a sua presença, como por exemplo: amor é compartilhar, é somar, é pensar em dois ao invés de um (traduzindo, não ser individualista), é aprender a ouvir, é abrir mão de algumas coisas e dar passagens a outras, é conversar ao invés de gritar ou brigar, é saber perdoar e pedir perdão, é ser companheiro em todos os momentos, e por aí vai.

É por isso que quando estamos namorando, tudo parece um conto de fadas. Primeiro porque só vemos o lado bom da pessoa. Não estamos com ela no seu dia-a-dia para vermos os seus pontos fracos, ou seja, os seus defeitos. Então, quando ocorre um casamento precoce, o período de adaptação (que existe em todos os casamentos), acaba sendo a gota d'água e o casal acaba se separando. Conheço muitos casos em que o casal ficou noivo por muito mais tempo que casado. Como estamos falando de amor, cabe a pergunta: neste caso, o amor acabou? Ou na verdade ele nunca existiu entre estas pessoas?

Quem nunca sofreu por amor, que atire a primeira pedra. É praticamente impossível encontrar alguém que jamais tenha se apaixonado. Opa! Apaixonar é o mesmo que amar? Não, não é. A paixão é passageira, o amor é eterno. Claro, essa é a minha opinião. Então, pra mim, o amor está presente nos casais que, mesmo após 50, 60, 70 anos de casados (não tem prazo, é só exemplo), ainda continuam juntos firmes e fortes. O resto é formado por paixões, umas com um período mais longo que as outras, mas sempre paixões, pois, como eu disse, o amor é eterno.

Enfim, antes de sair desesperado, pensando em se matar (tire isso da cabeça, o único que pode tirar a sua vida é Deus e Ele fará isso quando for a hora), por causa de um namoro ou casamento que não deu certo, saiba que tudo não passou de paixão, pois se houvesse amor, jamais teria se acabado. Então, recupere-se (não estou falando para ir procurar outra pessoa), não caia em tentações (bebidas, drogas e outras coisas que não prestam), e siga a sua vida. Eu entendo que é um baque muito grande, pois já estive dos dois lados, já terminei e (muito mais vezes), já terminaram comigo. O que eu fiz? Na primeira vez eu sofri pra caramba! Nas outras, nem tanto. A gente sofre, é verdade, ninguém é de ferro, mas nada que justifique qualquer ataque de loucura (como crimes passionais, revolta, vingança), ou tentativas de suicídio. O que tiver de ser, será e uma outra pessoa aparecerá na sua vida tão logo você esteja preparado. Deus não nos criou para ficarmos sozinhos, pense nisso.
Rico

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Casquinha do McDonals e a moça do sorriso estonteante

Esta é minha primeira reclamação no blog...... brincadeirinha, é um elogio \o/
É lógico que é uma reclamação. Catso.
Não sou a favor de McDonalds. Primeiramente quero deixar isto muito bem claro. Sou contra qualquer tipo de apelação química que "consomem" o próprio consumidor. Pense bem: você adora McDonalds? Sim? "Uáu".
Pois bem... minha primeira reclamação no blog não é sobre um lanchinho de 4 centímetros de diâmetros que custam um olho (um alho, um olho e um alho, car-amba, como custa), mas de um fato intrínseco que me aconteceu no último final de semana.
Estava eu voltando de um ensolarado sábado de verão tropical, depois de um dia inteiro preso em uma sala de curso, na intenção de dar um futuro melhor para mim mesmo e depois para os meus filhos, porque ainda não chegaram, quando me deparo na vontade estonteante de tomar uma casquinha do McDonalds. Oh sim, sou contra qualquer apelação química e blablabla.... mas não tive outra escolha no árduo e ardente momento quente.
Entrei na fila das casquinhas do McDonals dentro do shopping center ?#?#?#?#?#, na singela e absolupta certeza de pedir o mesmo de sempre: "uma casquinha mista, por favor, senhora". Mãs (sim, com til), durante o longo e perpétuo percurso até o caixa (a fila ao lado sempre vai mais rápido, até que você pule pra ela), quando me deparo que uma simpática atendente que tráz consigo uma prancheta com um cartaz escrito "agora com preço reduzido, só míseros R$5,00", uma calculadora, dois blocos de anotação diferentes e um sorriso amarelo convencedor.
- Qual o seu pedido, senhor?
Primeiramente, o senhor está céu, com muito respeito.
Segundamente (?), já sei o que quero. Sim, mas pensando bem, ela não sabe que sei exactamente o que quero. Daí pensei: falo ou não falo? falo ou não falo? falo ou não falo? FALEI.
- Uma casquinha mista senhora.
Ela tem coragem de anotar numa folha de papel (pedaço viril de uma plantinha que dispôs-se a virar um "algo" do qual o homem possa aproveitar para guardar suas descobertas durante a história, mais conhecida como computador papel), um mero "tracinho" num dos malditos quadradinhos do papel. Arrancou a folha de um bloco de imagens idênticas estampadas em folhas igualmente organizadas e enfileiradas e entregou-me, mais uma vez sorrindo um sorriso falso e aplausivo dizer por entre os dentes de significado "o senhor fez a melhor escolha do mundo, senhor, em adquirir um produto com a qualidade McDonalds".
Ok, confesso que senti a repugnante dor de uma plantinha que passou sua vida inteira fornecendo o ar que você e seu sorriso amarelo comprado pela mídia respiram, mas suportei. Segurei o pedaço da plantinha papel com a mão direita, enquanto voltava o olhar sobmerso em suor para o caixa, na ânsia de ser atendido o quanto antes.
Chegou o momento, colorido, repleto de flores e fantasias de um atendimento McDonlads:
- Qual é o seu pedido, senhor?
Segurando o pedaço da plantinha papel escondido, respondi espontânea e instantaneamente:
- Uma casquinha mista senhora.
- Acompanha uma água, senhor?
(Tem como desligar o computador enquanto escrevo esta parte do post, senhor gerenciador do blog?)
- Não, só a casquinha senhora, respondo.
- Ok, um momento, senhor.
(bom... pelo menos não preciso anotar também o número do protocolo como nas ligações... ops, estou invadindo a próxima e agrotóxica reclamação)
- ... o senhor pode aguardar ao lado, senhor senhor senhor senhor senhor senhor - isso fica soando sobre meus pensamentos.
Aguardo ao lado, com o pedaço da plantinha papel na mão e mais do que surpreendentemente, pergunto-me:
(alguém aí chuta a pergunta?)
- Catso, então pra quê desfiar a pobre plantinha, catso?!?!?!?!?!?!?! (com direito a vários pontos de exclamação e interrogação consecutivos)
Virei para a moça que me deu o papel e falei: sua insana, selvagem, cruel, maltratadora dos pobres-vegetais que inserem o ar que respiras - pensei. Obviamente não falei isso no meio de um shopping-center com movimentado público das (por volta) 18:13h de um ensolarado sábado preso em uma sala de curso.
Bom, peguei a casquinha-mista-senhor e fui-me andando em passos nada largos, degustando uma casquinha de qualidade deprimentemente-química McDonalds.
Feliz fui-me embora, porém a plantinha que cedeu seu corpo fica em meus sonhos. Esta noite terei dificuldades para esquecê-la. Talvez eu até crie uma série da plantinha heróica, que tal senhor gerenciador do blog?
Bom... que fique minha reclamação: de nada adiantou a sorridente moça de qualidade McDonalds escrever um texto "-" (traço) numa folha inteira. No final das contas, dobrei-a delicadamente, e coloquei-a ao lado do caixa, para os curiosos, na intensa expectativa de que o nada-pequeno McDonalds tenha um programa de reciclagem.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Poluição sonora: nosso ouvido não é pinico!

Hoje, ao sair para almoçar, comecei a prestar mais atenção em um problema que, há até bem pouco tempo, era exclusivo das grandes cidades, a poluição sonora. Bastou eu andar apenas algumas quadras para os meus ouvidos começarem a ser bombardeados com barulhos vindos de todos os cantos.

Em um intervalo curto, de quatro quadras (até o restaurante), nada menos que cinco carros de som passaram por mim. Um deles anunciava as "promoções" de uma determinada loja, outro anunciava um espetáculo circense que está na cidade, aliás, este último estava tão alto que não dava nem para conversar direito, e os outros três eu nem fiz questão de prestar atenção sobre o quê diziam.

E olha que eu moro em uma cidade pequena, com menos de 40 mil habitantes. Mas, claro, não são só os carros de som que contribuem para essa algazarra. Existem muitos carros e motos cujos donos fazem questão de remover os seus respectivos silenciadores (talvez porque sejam surdos!), tornando uma conversa quase impraticável, quando estamos próximos a estes veículos com os motores ligados. Isso sem contar os ônibus e caminhões, os quais, além do barulho, quase nos asfixiam com sua fumaça preta.

Outra coisa irritante, e que virou moda, são aqueles aparelhos de som ligados nas portas das lojas. Alguém já parou para ouvir o que o locutor fala? A maioria fala: "Promoção, promoção, promoção, não deixe de conferir as nossas promoções." E aí o cara se empolga e começa a falar os preços dos produtos. (Seriam radialistas frustrados? Coitados, só estão tentando ganhar seu dinheiro honestamente! Nada contra eles!) O problema é que irrita! Além de irritar, isso é poluição sonora!

Não é um carro de som berrando no meu ouvido, ou um locutor torrando a minha paciência, que me fará entrar em algum lugar para comprar alguma coisa. Muito pelo contrário, não gosto de barulho e não gosto de algazarra! Tá bom, eu sei, aí você vai me perguntar por que raios eu não vou morar no campo? Também não sejamos extremistas! O que eu estou reclamando aqui é do barulho em excesso, que é prejudicial para os nossos ouvidos, como igrejas (sim, algumas fazem barulho, acho que pensam que Deus é surdo!  Não precisa gritar, ele vai ouvir do mesmo jeito!), jovens com seus sons automotivos no último volume (impressionante como gosto não se discute, se lamenta! Eu nunca vi um carro com um som nas alturas que estivesse tocando uma música legal! Acho que eles querem mostrar o quanto podem ser irritantes!), festas que acabam abusando do limite sonoro, e por aí vai, exemplo é o que não falta.

Enfim, são coisas que poderiam muito bem ser evitadas, já não chega a correria e o stress do dia-a-dia, ainda temos que aguentar esse barulho infernal onde quer que formos? Muitas cidades possuem leis contra carros de som, já é um começo. Mas ainda falta uma fiscalização mais efetiva quanto a poluição sonora em geral. Sou a favor da aplicação de multas aos que desrespeitarem, afinal é a saúde alheia que está em jogo. É melhor que as autoridades fiquem atentas a este grande problema, ou ficaremos todos surdos!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Maus tratos a animais: até onde chega a crueldade humana?

Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpas a todos que acompanham o blog, pois estou há alguns dias sem postar. É que eu penso que escrever apenas por escrever não vale a pena. Vocês que acessam merecem o melhor conteúdo, e eu não estava (nestes dias que se passaram), conseguindo pensar em algo útil.

O tema de hoje é muito revoltante. Sou suspeito para falar, principalmente porque aprendi a amar e respeitar estas criaturas que Deus criou, os animais. A parte boa é que boa parte do planeta pensa como eu, a parte ruim é que existem os que não pensam assim. E isso é revoltante.

Eu já ouvi pessoas se vangloriando por terem maltratado gatos, cachorros, pássaros, e tantos outros bichos indefesos. Uma pessoa que maltrata um animal é alguém desprezível, que não merece o alimento que come. Nem vou entrar em religião (se é uma coisa aprovada por Deus ou não), porque independente de qual seja, não há justificativas para tal.

Dias atrás, há alguns meses, eu me deparei com uma reportagem na internet, em que uma pessoa arremessava filhotinhos em um rio. Sinceramente, eu nem li (e não leio), essas coisas para não ficar ainda mais revoltado com a crueldade humana. (Se o céu existe, ele deveria ser habitado apenas por animais.) São casos e mais casos sobre isso. Infelizmente este não é um fato isolado.

Eu tinha dois gatos (tinha, porque gato adora passear à noite e eles se foram), que encontrei em uma caixa fechada, ao lado do cemitério da cidade, apenas esperando a morte chegar. E pensar que eram três, mas um deles morreu. Coitados, os dois estavam quase mortos quando foram encontrados. Graças a Deus foram bem cuidados, vacinados e hoje estão por aí.

Assim como os gatos, muitos cachorros são abandonados na rua quando seus donos se mudam, ou até mesmo quando os donos não gostam mais do bichinho. Eu tenho uma cachorrinha que é uma prova viva disso. Ela era de uma mulher casada, que acabou se separando. Então ela foi dada para a mãe dessa mulher, que já possuía um outro cachorro. Como os dois cachorros não se davam muito bem (ao invés de tentar apaziguar a situação), tudo foi resolvido do modo mais simples: a cachorrinha foi colocada pra fora de casa, com casinha e tudo. Hoje ela mora comigo e, aconteça o que acontecer (aliás, como já aconteceu, eu tamém me separei), ela vai comigo para onde eu for. Estes são apenas dois casos com finais felizes, diante dos milhares com finais horríveis.

Fora gatos e cachorros, muitos outros animais sofrem maus tratos. Não precisamos nos esforçar muito para lembrarmos de outros casos, como os cavalos dos catadores de papel. Os coitadinhos ficam no sol o dia inteiro, parando poucas vezes para comer, cansados, levando chicotadas para irem mais depressa e no meio do trânsito. Quando não são mais úteis para seus donos, simplesmente são abandonados em um canto qualquer para morrer. Concordo que o catador de papel também sofre, mas garanto que não sofre a metade do que seu fiel ajudante sofre. Uma coisa que chama a atenção é que isso não está ligado a classe social, como muitos podem pensar. Ou seja, não liga para o pobre cavalo porque não tem dinheiro. Não, pois eu já vi casos em que o cavalo foi deixado em uma clínica veterinária para tratar de um problema na pata, porém, a relação "custo-benefício" (pode uma coisa dessas?), para seu dono, não seria viável. Em outras palávras, era um cavalo em que não valeria a pena investir na sua recuperação (colocar pino sai caro), então a ordem foi para sacrificar o pobre animal. Aí eu pergunto: era um problema de dinheiro? Não, não era.

São coisas que me deixam muito triste. Como pode um animal ser simplesmente descartado? Estes dias eu estava assistindo a um programa em que o apresentador e seu convidado estavam pescando. É a chamada "pesca esportiva". Por um lado até que é bom, pois o bicho não morre. Mas, se pensarmos bem, é um esporte um tanto quanto cruel, não é? Ao menos para os peixes. Afinal, o peixe se debate por sua vida, com a boca perfurada por aqueles anzóis, simplesmente para o homem provar o que? Que conseguiu dominar uma criatura da água? Quer uma medalha por isso? E isso ainda é considerado esporte?

Por falar em "esporte", o que dizer dos rodeios? Movimentando milhões de reais (e dólares em todo o mundo), aqui no Brasil, são grandes eventos realizados às custas do sofrimento dos animais. Alguém já parou para se perguntar o motivo de o touro pular tanto? Aposto que todos sabem. (Amarre uma corda nos testículos dos peões, puxem com toda a sua força, e vejam como eles irão pular até mais do que os touros!) A platéia toda vibrando, enquanto o pobre animal pula por causa da dor que está sentindo. Por que não colocar um touro mecânico lá no meio da arena? Por que tudo deve ser feito com animais? Isso vale para touros, cavalos, ovelhas, bodes, sei lá, qualquer bicho que sirva de atrativo para o público vibra com o "espetáculo".

Espetáculo, uma palavra que lembra circo, e circo lembra animais (e palhaços, o que não vem ao caso!), existrem maus tratos a animais nos circos? Existem sim! E como! Vira e mexe são apreendidos e levados aos zoológicos muitos destes animais. Grande parte deles vivem em jaulas sem o menor conforto (não consigo imaginar uma jaula confortável, pois não consigo imaginar uma prisão confortável), passam fome, apanham para aprender novos "truques", quando não são abandonados à beira da morte em algum lugar longe de tudo e de todos. Por mim, deveria ser proibido qualquer tipo de apresentação com animais nos circos. Até mesmo porque, quando algum tratador sem noção é atacado, quem acaba levando a pior é sempre o animal. Ninguém pensa que, se um elefante foge e causa uma tragédia, é porque o animal está estressado. Então o que acontece? Enchem de bala aquele animal e arranjam outro.

Elefantes, uma vez eu vi uma reportagem sobre marfim. O homem tem a capacidade de matar um elefante para retirar seus dentes. Não dá para acreditar. A lista dos animais que sofrem nas mãos dos que se dizem "mais inteligentes da Terra" (e menos evoluídos), é enorme. Vai desde cães e gatos até elefantes e baleias. Nenhum deles está a salvo. Se existe uma espécie nova, lá estará o homem para caçá-la. Cabeças de ursos são utilizadas como enfeite de parede (imagine uma cabeça humana em uma parece, seria, no mínimo assustador! Mas a do urso pode, muitas vezes com sua última expressão de dor...), seu corpo como tapete, casacos de pele, botas e bolsas feitos de couro de jacaré, ou de outro animal, ou seja, a vida dos animais não vele nada. O que vale são seus restos mortais. Trágico, não? Mas é isso mesmo.

Eu aproveito este espaço para fazer um apelo: não maltrate os animais. Se você possui um, parabéns, faça o possível para tratá-lo da melhor maneira possível. Seja ele um gato, cachorro, ou o que for, dê muito carinho. Pois não importa se você está sujo ou limpo, com dinheiro ou sem, de bom humor ou de mau humor, chorando ou rindo, se brigou com ele há pouco ou não, nada disso importa, o que importa é que sempre que você chega em casa, ele vai lhe receber com todo o carinho do mundo e com o amor mais puro que existe. Então, não permita que nossa correria do dia-a-dia o impeça de dar atenção ao seu bichinho de estimação. Troque sempre a sua água, ainda mais neste calor que anda fazendo, para que o pote esteja sempre com água fresca, não o deixe passar fome, enfim, ele depende de você. Lembre-se: jamais brigue com eles por algo que tenham feito há tempos, pois os animais possuem memória de apenas alguns segundos. Coitados, eles nem saberão o porquê de estarem levando bronca ou apanhando. Não o deixe amarrado ou trancado no sol, tenha semre um lugar fresco, onde eles possam descansar.

Enfim, eles são uma extensão da nossa família e nos ensinam muitas coisas. Dentre elas, uma muito importante: a de superar uma perda. Quem é que nunca chorou por um cachorrinho que partiu? Se os animais nos ensinam tanto, por que maltratá-los? Vamos torcer para que o homem evolua como ser-humano e entenda de uma vez por todas o valor dos animais para o planeta e, principalmente, para nós mesmos. Claro, faltou eu falar sobre touradas, farras do boi, brigas de galo e muitas outras crueldades. Porém, não vale a pena ficar escrevendo sobre isso. Acredite, é muito ruim escrever sobre esse assunto, porque eu fico imaginando o que estes animais sofreram (e ainda sofrem), nas mãos do homem que, por se considerar mais evoluído (embora eu não acredite que seja), teria a obrigação de protegê-los. Felizmente, existem pessoas boas e o meu maior desejo é que estas pessoas boas cresçam em número e que, em um futuro muito próximo, os animais ganhem o respeito que merecem. Não precisamos eleger um jumento como presidente, mas sim não maltratá-lo. Já passou da hora de parar com os maus tratos a animais! Vamos fazer a nossa parte!