segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Casquinha do McDonals e a moça do sorriso estonteante

Esta é minha primeira reclamação no blog...... brincadeirinha, é um elogio \o/
É lógico que é uma reclamação. Catso.
Não sou a favor de McDonalds. Primeiramente quero deixar isto muito bem claro. Sou contra qualquer tipo de apelação química que "consomem" o próprio consumidor. Pense bem: você adora McDonalds? Sim? "Uáu".
Pois bem... minha primeira reclamação no blog não é sobre um lanchinho de 4 centímetros de diâmetros que custam um olho (um alho, um olho e um alho, car-amba, como custa), mas de um fato intrínseco que me aconteceu no último final de semana.
Estava eu voltando de um ensolarado sábado de verão tropical, depois de um dia inteiro preso em uma sala de curso, na intenção de dar um futuro melhor para mim mesmo e depois para os meus filhos, porque ainda não chegaram, quando me deparo na vontade estonteante de tomar uma casquinha do McDonalds. Oh sim, sou contra qualquer apelação química e blablabla.... mas não tive outra escolha no árduo e ardente momento quente.
Entrei na fila das casquinhas do McDonals dentro do shopping center ?#?#?#?#?#, na singela e absolupta certeza de pedir o mesmo de sempre: "uma casquinha mista, por favor, senhora". Mãs (sim, com til), durante o longo e perpétuo percurso até o caixa (a fila ao lado sempre vai mais rápido, até que você pule pra ela), quando me deparo que uma simpática atendente que tráz consigo uma prancheta com um cartaz escrito "agora com preço reduzido, só míseros R$5,00", uma calculadora, dois blocos de anotação diferentes e um sorriso amarelo convencedor.
- Qual o seu pedido, senhor?
Primeiramente, o senhor está céu, com muito respeito.
Segundamente (?), já sei o que quero. Sim, mas pensando bem, ela não sabe que sei exactamente o que quero. Daí pensei: falo ou não falo? falo ou não falo? falo ou não falo? FALEI.
- Uma casquinha mista senhora.
Ela tem coragem de anotar numa folha de papel (pedaço viril de uma plantinha que dispôs-se a virar um "algo" do qual o homem possa aproveitar para guardar suas descobertas durante a história, mais conhecida como computador papel), um mero "tracinho" num dos malditos quadradinhos do papel. Arrancou a folha de um bloco de imagens idênticas estampadas em folhas igualmente organizadas e enfileiradas e entregou-me, mais uma vez sorrindo um sorriso falso e aplausivo dizer por entre os dentes de significado "o senhor fez a melhor escolha do mundo, senhor, em adquirir um produto com a qualidade McDonalds".
Ok, confesso que senti a repugnante dor de uma plantinha que passou sua vida inteira fornecendo o ar que você e seu sorriso amarelo comprado pela mídia respiram, mas suportei. Segurei o pedaço da plantinha papel com a mão direita, enquanto voltava o olhar sobmerso em suor para o caixa, na ânsia de ser atendido o quanto antes.
Chegou o momento, colorido, repleto de flores e fantasias de um atendimento McDonlads:
- Qual é o seu pedido, senhor?
Segurando o pedaço da plantinha papel escondido, respondi espontânea e instantaneamente:
- Uma casquinha mista senhora.
- Acompanha uma água, senhor?
(Tem como desligar o computador enquanto escrevo esta parte do post, senhor gerenciador do blog?)
- Não, só a casquinha senhora, respondo.
- Ok, um momento, senhor.
(bom... pelo menos não preciso anotar também o número do protocolo como nas ligações... ops, estou invadindo a próxima e agrotóxica reclamação)
- ... o senhor pode aguardar ao lado, senhor senhor senhor senhor senhor senhor - isso fica soando sobre meus pensamentos.
Aguardo ao lado, com o pedaço da plantinha papel na mão e mais do que surpreendentemente, pergunto-me:
(alguém aí chuta a pergunta?)
- Catso, então pra quê desfiar a pobre plantinha, catso?!?!?!?!?!?!?! (com direito a vários pontos de exclamação e interrogação consecutivos)
Virei para a moça que me deu o papel e falei: sua insana, selvagem, cruel, maltratadora dos pobres-vegetais que inserem o ar que respiras - pensei. Obviamente não falei isso no meio de um shopping-center com movimentado público das (por volta) 18:13h de um ensolarado sábado preso em uma sala de curso.
Bom, peguei a casquinha-mista-senhor e fui-me andando em passos nada largos, degustando uma casquinha de qualidade deprimentemente-química McDonalds.
Feliz fui-me embora, porém a plantinha que cedeu seu corpo fica em meus sonhos. Esta noite terei dificuldades para esquecê-la. Talvez eu até crie uma série da plantinha heróica, que tal senhor gerenciador do blog?
Bom... que fique minha reclamação: de nada adiantou a sorridente moça de qualidade McDonalds escrever um texto "-" (traço) numa folha inteira. No final das contas, dobrei-a delicadamente, e coloquei-a ao lado do caixa, para os curiosos, na intensa expectativa de que o nada-pequeno McDonalds tenha um programa de reciclagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário