quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Enchentes: estamos apenas colhendo o que plantamos?

Já parou para perceber que a primeira coisa que bóia em uma enchente é o lixo? Nós estamos acabando com o nosso planeta a cada dia que passa. Nós produzimos uma quantidade enorme de lixo todos os dias, não temos aterros o suficiente para suportar toda essa demanda. Mas não é só, não temos coleta de lixo para todas as ruas de todas as cidades, principalmente as maiores, onde este lixo é abandonado em algum canto, jogado no esgoto e nos rios e córregos.

Então, quando cai uma chuva um pouco mais forte, ou constante, o que acontece? Os rios e córregos, com toda aquela sujeira, acabam transbordando. Isso é culpa da natureza? Não, isso é culpa nossa! Culpa da população, que não respeita o meio-ambiente, culpa das autoridades, que não tomam uma providência, que não instalam lixeiras, que mantêm áreas praticamente abandonadas, sem coleta de lixo e sem tratamento de esgoto.

Boa parte dessas áreas sem coleta são provenientes de invasões e aí está a explicação do porquê de utilizarem os rios como lixeira. Não é à toa que sempre são os primeiros afetados em uma enchente. Culpa deles? Sim e não. Sim porque poderiam se conscientizar e fazer a coisa certa. Não porque são pessoas, muitas vezes, ignorantes (do termo desconhecer, e não ignóbil, o que muita gente confunde), e não sabem o que isso acarreta. Aí entraria, mais uma vez, o Governo para ensinar estas pessoas e disponibilizar algum local para descarte de seu lixo.

Sempre foi muito mais barato previnir do que remediar. A apropriação indevida às margens de rios, córregos, morros, só pode resultar em uma coisa: tragédia. Cedo ou tarde acontece. Eu sei, muitos estão se perguntando: onde essa gente vai morar? Em qualquer lugar que não seja na beira de um morro ou às margens de um córrego ou um rio. O Brasil é gigantesco, tem áreas enormes desabitadas, não é possível que, ano após ano, o país sofra sempre com mortes e mais mortes decorrentes de enchentes e desabamentos. O Brasil precisa acabar com essas tragédias anunciadas. Todo mundo sabe o que vai acontecer. Uma grande parte da população não dorme tranquila quando o tempo fecha.

Enfim, vamos fazer a nossa parte, jogar lixo no lixo, parar de poluir o meio-ambiente. Não pense que o seu papel de bala não fará diferença no meio dessa imensidão de terra que temos. Imagine se toda a população mundial jogasse um papel de bala fora do lixo. Pense sempre assim: o meu é mais um para contribuir, seja para o bem, seja para o mal. E se fosse o contrario? Se toda a população do mundo jogasse lixo no lixo, existiriam enchentes? Talvez. Tornados? Sim, por que não? Vulcões? Lógico! A força da Natureza continuaria a causar mortes, mas pode estar certo que não seria nessa quantidade atual. Nosso ar seria melhor, afinal, não teríamos que sentir o cheiro dos rios mortos que existem em muitos lugares, como o Tietê, por exemplo, nossas vidas ganhariam uma qualidade melhor, tudo com o simples ato de jogar lixo no lixo.

Pense nisso na próxima vez que lhe der preguça de andar até a lixeira mais próxima, ou quando estiver prestes a descartar alguma coisa pela janela do carro. Nós podemos mudar o mundo, é só termos força de vontade. Lugar de lixo é no lixo!

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