segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Televisão brasileira: qualidade discutível.

O tema do post de hoje é um pouco mais light, televisão. Deixando de lado qualquer tipo de preferência por emissora, seja ela líder de audência ou não, tente responder a seguinte pergunta: como está a qualidade da tv brasileira nos dias atuais? Em meio a tanta baixaria, BBBs, programas sensacionalistas, filmes repetidos, humorísticos apelativos, fica difícil encontrar algum progrma de qualidade para assistirmos.

Na guerra pela audiência tudo se copia e muitas vezes, programas idênticos passam em emissoras diferentes. Uma fórmula de sucesso sempre acaba sendo copiada (na maioria das vezes mal copiada), exaustivamente até enjoarmos. Se uma emissora lança um BBB, por exemplo, a outra lança Casa dos Artistas, uma terceira lança o Busão do Brasil, e não podemos esquecer de A Fazenda. É uma enxurrada de cultura inútil para os telespectadors, com flashs ao vivo de todos os acontecimentos das casas, fazendas, ônibus, seja lá o que for. Sempre com muito apelo sexual e nenhuma cultura.

Mas isso não é exclusividade destes programas compostos por pessoas normais fazendo coisas que fazemos em casa. (Que graça tem assistir isso?) Existem outros programas com o prazo de validade vencido e que ainda insistem em fazer parte das grades de programação das emissoras, como Zorra Total (não consigo rir com aquilo, ou será que eu sou chato demais?), A Praça é Nossa, dentre outros. Nada contra quem gosta, afinal, gosto não se discute.

Então o brasileiro, para fugir da programação do final de semana (afinal, durante os dias úteis, a maioria trabalha e não tem tempo para assistir, se bem que não perdem nada!), junta seu suado dinheirinho e compra um pacote de tv por assinatura. A injustiça já começa pelo pacote, onde os canais interessantes estão nos pacotes mais caros, pois os mais baratos são compostos pelos canais abertos, TV Senado (por que raios o Governo gasta dinheiro em uma transmissão de tv?), Terra Viva (compra e venda de bois), uns 20 canais religiosos (de onde eles tiram dinheiro para isso eu não sei. Tá bom, eu sei, mas não vou nem comentar sobre isso...), e uns 5 ou 6 canais que realmente interessam. Pensa que acabou? Não acabou não! Eis que no meio da programação do Discovery Channel, simplesmente começa um infomercial de 30 minutos! (Um Polishop da vida!) Isso não é justo! Sem contar no excesso de reprises. Não dá para aguentar.

Voltando para a tv aberta, aos sábados e domingos nós não temos escapatória: ou assistimos enormes programas de auditório, com mais de duas horas de duração, ou algum filme repetido, ou simplesmente vamos fazer outra coisa, como navegar na internet ou dar um passeio. (Nesse ponto é bom, pois esta situação acaba nos "obrigando" a sair de casa para dar uma volta.)

Mas, pensando bem, de quem é a culpa? Vamos analisar da seguinte maneira: se estão passando, é porque está dando lucro. Se dá lucro é porque existem anunciantes. Se existem anunciantes é porque existem pessoas assistindo, em outras palavras, a qualidade da televisão brasileira está neste nível porque você assiste! Então, não adianta reclamar dos BBBs da vida, ou Faustão, Fantástico, novelas, etc. Enquanto existirem pessoas assistindo (e estou falando na casa de milhares), estes programas continuarão no ar.

Eu não sou assinante de nenhuma tv, navego na internet enquanto a maioria dos progrmas está passando. As únicas coisas que eu assisto são os jornais e as partidas de futebol. Porém, gosto muito de documentário e, há cerca de um ano, a Cultura fez uma parceria com o Discovery Channel e transmitiu alguns programas, os quais eu não perdia um dia sequer. O problema é que, ao que tudo indica, um número muito pequeno de pessoas assistia, então foi tirado do ar. É assim que funciona, seja para as coisas que achamos boas, seja para as coisas ruins.

É só não assistir! Mas o povão gosta mesmo é de ver uma boa baixaria na tv. É mais legal ver sensacionalismo do que cultura. Então a tendência é essa: a qualidade vai piorar. Ou você se acostuma, ou procura outra coisa para fazer. Pode até assinar um plano de alguma tv, mas vai ter que aprender a conviver com as reprises. Ao menos existem vários canais para se distrair enquanto uma reprise é apresentada. Mas não se engane: mesmo com uma tv por assinatura, muitas vezes ficamos sem opção para assistir.

Enfim, a tv que você assiste é a tv que você quer assistir? Eu acho que não e está muito longe disso. Claro que gosto é gosto e muita gente adora BBB, Faustão, Gugu, Silvio Santos, A Fazenda, e muitos outros programas que existem por aí. Eu não critico quem gosta, o que critico é que, em meio a tantas opções, quase nada se salva! Não dêem audiência para coisa que não presta. Desligue o seu aparelho de tv, quem sai ganhando é você, pois além de não assistir porcaria, ainda economiza energia elétrica. Pense nisso.

Um comentário:

  1. Continuando com a sua argumentação que adorei, vemos nos programas de tv como "reality shows", jornais televisivos, novelas, a exposição da vida alheia de pessoas que ficam a mercê da mídia ou até mesmo com as suas maiores intimidades exibidas para que a audiência suba cada vez mais, podendo induzir crianças a assistirem canais com classificação hetaria muito além do permitido...

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