terça-feira, 26 de abril de 2011

O cigarro e a lamentável poluição

Há tempos que desejo escrever sobre este assunto, mas a questão do "tempo" nos tira de sincronia com quase todos os compromissos.
Aliás, falta de tempo não implica em deixar de andar míseros cinco ou seis passos para jogar o lixo no lixo. Isso se aplica ao consumo diário de doces embrulhados em belos pacotes ou papéis com emblema e nome do doce, por exemplo. Mas, infinitamente, uma coisa que me deixa enfurecido não mais do que chateado é ver bitucas de cigarro espelhadas pelo chão ou, pior ainda, ver no ato o primata arremessando-a diretamente ao chão.
Seja na rua, calçada, bueiro, jardins, escadas, pátios, estacionamentos etc, em todo lugar há, no mínimo, uma bituca de cigarro.
O que a Plantinha Valente tem a ver com sua preguiça de jogar a merda da bituca de cigarro no lixo ou num lugar apropriado para tal ao invés de jogar aos seus pés?
Por isso, deixo claro minha opinião de que cada um deve ser feliz com o que quer, do jeito que quer e quando quiser mas vale lembrar que onde termina o seu direito começa o do próximo. Ou seja, para você, fumante, não há necessidade de deixar seu vício de lado, mas participe dessa tentativa de preservação ambiental no qual estamos.
Você, que joga bitucas de cigarro no chão, provavelmente joga a caixinha de cigarros, o plástico transparente que embrulha a caixinha e assim por diante.
Vamos colaborar. A Plantinha Valente agradeçe.

E.... depois de publicado este post, nosso colega RF nos concedeu em forma de comentário, informações importantes como o programa BITUCA ZERO. Faço das palavras dele um complemento importantíssimo deste post. Obrigado.
Acompanhe o comentário dele e deixe sua opinião também.
É de pessoas assim que o mundo está, há um bom tempo, precisando.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Por que é tão difícil aceitar a morte?

Para morrer, basta estar vivo. Isso parece muito óbvio, não? Pois bem, a morte deve ser encarada como uma sequência da vida. Quando pensamos em morte, dificilmente encaramos como sendo uma coisa normal, principalmente em se tratando de familiares. Deus me livre, se os meus pais morrerem, não sei o que será de mim. Tudo bem, eu até acharia muito estranho se você pensasse o contrário. É lógico que queremos nossos familiares vivos, ainda mais nossos pais, irmãos e entes queridos.

Mas agora eu vou apresentar a seguinte situação: uma pessoa muito próxima a você está deitada em uma cama de hospital, em uma situação totalmente irreversível. Você rezaria para esta pessoa se permanecer viva ou descansar em paz? Eu sei, em se tratando de hipóteses, principalmente daquelas em que pensamos que nunca irá acontecer conosco, é lógico que a segunda opção será escolhida. Mas quando nos deparamos com uma situação dessas, nem que seja para a pessoa ficar sofrendo uma eternidade, queremos ela aqui no nosso mundo.

Apesar de ser com a melhor das intenções, este é um sentimento egoísta, pois estamos pensando apenas em nosso bem estar, pois gostamos dela, e não no que é melhor para ela, no caso, seu descanso eterno. Eu sei muito bem, pois perdi duas avós com doenças degenerativas e, apesar de vê-las sofrendo dia e noite, sempre pedi para Deus para que as mantivesse vivas a qualquer custo. Mas, por que? Não era melhor que descansassem em paz? Quer o exemplo de um pensamento egoísta? Quero morrer antes dos meus pais. Em outras palavras, quero que eles sofram por mim, ao invés de eu sofrer por eles. Isso é um pensamento justo? É isso o que queremos mesmo?

Eu sei, não somos nós quem decidimos sobre a vida ou a morte de alguém que está prestes a ir, é Deus. Ele é quem sabe a hora. Mas cabe a nós aceitarmos a sua decisão e não entrarmos em desespero. Temos que pensar que, se o seu tempo aqui na terra se esgotou, não há nada o que possamos fazer. Todos nós podemos ficar tristes, faz parte, afinal, alguém que gostamos muito não está mais entre nós, mas não podemos nos revoltar ou exigir explicações. Muito menos nos tranformar em ateus. Debruçar no caixão, fazer escândalos, nada disso adianta, além de você passar vergonha, nada acontecerá.

Já vi muita gente em desespero: Por que, meu Deus, por que tinha que ser esta pessoa? Por que não outra? Não é por aí. Todos nós morreremos um dia, é fato. Se hoje foi a vez de um ente querido seu, saiba que não será o primeiro e nem o último. Não somos eternos. Não estou dizendo para fazer festa em um enterro ou fingir que nada aconteceu, mas sim para aceitar de maneira passiva e compreensiva este grande acontecimento.

Concordo que é muito mais fácil escrever sobre isso do que vivenciar uma situação dessas, mas temos que estar preparados, pois é um momento que não avisa quando vai chegar. Após o choque inicial, temos que estar cientes de que a vida continua, muitas outras pessoas queridas ainda estão vivas e, com certeza, elas estão sofrendo com você. Senão pela pessoa que se foi, pelo seu próprio sofrimento.

Então, tenha em mente todos os bons momentos passados com seu ente querido e esqueça os sofrimentos, você verá que, com o passar do tempo, a tristeza diminuirá e então você passará a entender que esta pessoa estará sempre ao seu lado, não fisicamente, mas nas lembranças que lhe farão sorrir, pelo resto da sua vida.

Assim como hoje eu me lembro dos momentos maravilhosos que passei com as minhas avós, você poderá se lembrar de muita coisa boa que aconteceu. E, quando uma lágrima correr pelo seu rosto, não será de tristeza, e sim de saudade. Neste momento, pode ter a certeza de que a pessoa responsável pelos seus pensamentos estará tocando o seu coração e você não se sentirá desamparado, muito menos abandonado por alguém que partiu sem se despedir.

Chegou a hora, é isso o que temos que pensar, assim como chegará a nossa hora. Se alguém se foi, é sinal que sua missão aqui na terra já foi cumprida e é hora de retornar para os braços de Deus. Pense nisso e tente aceitar a morte sem questionar. Tenha em mente uma coisa: Deus sabe o que faz e jamais lhe dará um fardo (neste caso a dor da perda), maior do que você consiga carregar.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O vendedor de um só aparelho e a longa espera no pagamento

Sim, eu poderia ser um cara mais tranquilo... mas é difícil. Em geral, sou tranquilo, mas há a necessidade de me deixar 19 minutos encostado num caixa das Lojas Cem? A conta estava finalizada. Era só dizer:
- Sua conta ficou em tantos pilas, manolo X reais, senhor. Mas não.
Tudo começou quando resolvi dormir com a janela do quarto aberta. O calor está quase insuportável nesses dias (ou noites). Todavia, quando durmo com a janela aberta, acordo em outro ambiente. Já ouviu falar em... [Pernilongo] ? Acho que sou carregado durante a noite. São tantos pernilongos...
Pois bem... foi aí que me passou pela cabeça comprar um ventilador. Uáu, uma noite de euforia num profundo e silencioso e aconchegante ninar! O que diria a plantinha heróica, caso tivesse o dom de falar?
Foi aí que, por indicação de preço e pronta entrega, dirigi-me à empolgante compra da hélice-giratória-interno-gaiolal-elétrica, mais conhecida como "ventilador". Dentre os modelos espalhados pelo departamento da loja, escolhi o mais carismático e sincero. Uma verdadeira máquina de fabricar vento.
Após o "tempinho" de escolha:
- O senhor pode me acompanhar, por gentileza?
Fomos logo ao lado, onde havia um computador. A venda foi efetuada. Para o outro eletrodoméstico que comprei e que não vem ao caso, já havia a moça que me atendeu. Ou seja, estavam os dois vendedores lá, estagnados a me olhar, aguardando as minhas respostas. As perguntas são do tipo padrão: RG, CPF, endereço, renda mensal.... Renda mensal? Manolo, pra que saber quanto eu ganho por mês? Deve ser para terem frases do tipo.... o senhor ganha menos do que o mínimo para comprar este ventilador a vista. Catso, pouco importa à você, mero vendedor, o quanto eu ganho pelo meu suado e mensal trabalho!
... respiração profunda ...
Após os dois vendedores preencherem os dados da compra, a frase:
- Prontinho. Agora é só o senhor passar no caixa e depois apresentar o cupom fiscal para retirar o aparelho.
Eles dizem "prontinho", como se eu fosse uma adorável criança comprando bombons para levar para vovozinha. "Prontinho" é o escambau... meu agora é "Zé Pequeno", manolo.
Subo a escada rumo ao tal "caixa". Nem teve fila. Olhei para uma das moças do caixa e já fui atendido. Antes eu tivesse esperado na fila.
Encosto e lá se vão 19 preciosos minutos da minha vida de fim-de-semana. O limite mensal do meu cartão de crédito já tinha esgotado. Como eu havia falado que ia pagar nas 5 disponíveis vezes, a compra já estava atrelada à forma de pagamento. E quem agora poderá me defender? Quem poderia alterar a forma do pagamento? O vendedor. E o pior, era preciso os dois vendedores, um para cada eletrodoméstico que comprei. Eles tinham que acessar o sistema e alterar, um por vez, a forma de pagamento de minha compra. Catso, 14 minutos aguardando os vendedores, quem merece?!? Os outros 5 minutos foram para a atendente do caixa imprimir as duas vendas.
Agora me pergunto: pra que imprimir? A plantinha heróica se remoendo, neste momento, sentido a dor cruel de um mundo cruel cheio de pessoas cruéis que imprimem tudo o que vêem pela frente?
Imprimiu as duas compras:
- Assine aqui, senhor, a compra do seu ####### (eletrodoméstico 1).
- Também tem esta segunda compra, senhor (referindo-se ao eletrodoméstico 2). Assine aqui. - Não rola mais nem um "por favor, senhor"?
Assino os dois papéis contando a descrição das compras, recebo o cupom fiscal e desço para retirar as compras.
Depois de tudo isso, estufo o peito e em bom e alto tom discurso: - Sim, eu poderia ser um cara mais tranquilo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O que é o amor?

Parece até nome de música, mas ontem à noite eu estava pensando em escrever algo útil no blog, então este tema surgiu em minha mente e se encaixou como uma luva. A primeira coisa que fiz foi anotá-lo, pois queria muito escrever sobre este assunto há algum tempo. Agora, com um pouco mais de calma, vou escrever o que penso sobre este sentimento tão puro e ao mesmo tempo tão precioso, que é o amor.

Em primeiro lugar, o que é o amor? Nós sabemos identificá-lo? Muitas vezes caímos em armadilhas, pois pensamos que estamos amando uma pessoa, quando realmente tudo não passa de uma empolgação, uma paixão, atração, etc. algo que acaba diminuindo com o tempo, ocasionando o fim do relacionamento.

Podemos chamar de amor verdadeiro aquele que nossas mães sentem por nós. Este sim é incondicional, seja o filho boa pessoa ou não, esteja ele certo ou errado, sua mãe sempre vai amá-lo. Mas e quanto aos pais, eles não nos amam? Amam sim, mas o amor de mãe, protetora, é mais forte. Todos nós sabemos que não se pode medir, mas temos em mente que o amor que a mãe sente pelos seus filhos é maior que tudo nesta vida. Por isso, pense duas vezes antes de maltratar a sua mãe.

Outro grande exemplo de amor verdadeiro vem dos animais. Se você possui um cãozinho, saberá do que eu estou falando. Embora muitos defendam que eles não nos amam, são apenas fiéis a nós, o que eu discordo completamente, pois só eu sei o quanto meus cachorros ficam felizes comigo e o que eles seriam capazes de fazer para me defender, caso fosse necessário.

Até agora eu falei sobre amor verdadeiro, incondicional, mas se pararmos um pouco para pensar, existe algum outro tipo de amor? Teoricamente não deveria existir, não é mesmo? Então o que diferencia o amor de um casal de namorados de um amor entre mãe e filho? É até estranho pensar assim, não é mesmo? Porém, o amor que você sente pela sua mãe pode acabar? (Deus me livre! E eu torço para que você responda que não e que esta é uma pergunta ridícula!) E quanto ao amor de um casal de namorados, ou de marido e mulher? Sim, estes, frequentemente se acabam. Mas por que? Por que não eram amor? Mas não dizemos com todas as letras para alguém "Eu te amo!" quando estamos namorando? Confuso, não? Nem tanto, é apenas nosso coração nos pregando mais uma peça.

Na verdade, este sentimento puro e precioso, é muito mais complexo do que possamos imaginar. Eu conheço "algumas" pessoas que se gostavam muito mais enquanto eram apenas namorados do que quando se casaram. Amor não é ter ciúmes da pessoa, muito menos ficar grudado nela 24 horas por dia. Eu não vou tentar descrever este sentimento porque é impossível, assim como desvendá-lo. Mas existem algumas coisas que caracterizam a sua presença, como por exemplo: amor é compartilhar, é somar, é pensar em dois ao invés de um (traduzindo, não ser individualista), é aprender a ouvir, é abrir mão de algumas coisas e dar passagens a outras, é conversar ao invés de gritar ou brigar, é saber perdoar e pedir perdão, é ser companheiro em todos os momentos, e por aí vai.

É por isso que quando estamos namorando, tudo parece um conto de fadas. Primeiro porque só vemos o lado bom da pessoa. Não estamos com ela no seu dia-a-dia para vermos os seus pontos fracos, ou seja, os seus defeitos. Então, quando ocorre um casamento precoce, o período de adaptação (que existe em todos os casamentos), acaba sendo a gota d'água e o casal acaba se separando. Conheço muitos casos em que o casal ficou noivo por muito mais tempo que casado. Como estamos falando de amor, cabe a pergunta: neste caso, o amor acabou? Ou na verdade ele nunca existiu entre estas pessoas?

Quem nunca sofreu por amor, que atire a primeira pedra. É praticamente impossível encontrar alguém que jamais tenha se apaixonado. Opa! Apaixonar é o mesmo que amar? Não, não é. A paixão é passageira, o amor é eterno. Claro, essa é a minha opinião. Então, pra mim, o amor está presente nos casais que, mesmo após 50, 60, 70 anos de casados (não tem prazo, é só exemplo), ainda continuam juntos firmes e fortes. O resto é formado por paixões, umas com um período mais longo que as outras, mas sempre paixões, pois, como eu disse, o amor é eterno.

Enfim, antes de sair desesperado, pensando em se matar (tire isso da cabeça, o único que pode tirar a sua vida é Deus e Ele fará isso quando for a hora), por causa de um namoro ou casamento que não deu certo, saiba que tudo não passou de paixão, pois se houvesse amor, jamais teria se acabado. Então, recupere-se (não estou falando para ir procurar outra pessoa), não caia em tentações (bebidas, drogas e outras coisas que não prestam), e siga a sua vida. Eu entendo que é um baque muito grande, pois já estive dos dois lados, já terminei e (muito mais vezes), já terminaram comigo. O que eu fiz? Na primeira vez eu sofri pra caramba! Nas outras, nem tanto. A gente sofre, é verdade, ninguém é de ferro, mas nada que justifique qualquer ataque de loucura (como crimes passionais, revolta, vingança), ou tentativas de suicídio. O que tiver de ser, será e uma outra pessoa aparecerá na sua vida tão logo você esteja preparado. Deus não nos criou para ficarmos sozinhos, pense nisso.
Rico

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Casquinha do McDonals e a moça do sorriso estonteante

Esta é minha primeira reclamação no blog...... brincadeirinha, é um elogio \o/
É lógico que é uma reclamação. Catso.
Não sou a favor de McDonalds. Primeiramente quero deixar isto muito bem claro. Sou contra qualquer tipo de apelação química que "consomem" o próprio consumidor. Pense bem: você adora McDonalds? Sim? "Uáu".
Pois bem... minha primeira reclamação no blog não é sobre um lanchinho de 4 centímetros de diâmetros que custam um olho (um alho, um olho e um alho, car-amba, como custa), mas de um fato intrínseco que me aconteceu no último final de semana.
Estava eu voltando de um ensolarado sábado de verão tropical, depois de um dia inteiro preso em uma sala de curso, na intenção de dar um futuro melhor para mim mesmo e depois para os meus filhos, porque ainda não chegaram, quando me deparo na vontade estonteante de tomar uma casquinha do McDonalds. Oh sim, sou contra qualquer apelação química e blablabla.... mas não tive outra escolha no árduo e ardente momento quente.
Entrei na fila das casquinhas do McDonals dentro do shopping center ?#?#?#?#?#, na singela e absolupta certeza de pedir o mesmo de sempre: "uma casquinha mista, por favor, senhora". Mãs (sim, com til), durante o longo e perpétuo percurso até o caixa (a fila ao lado sempre vai mais rápido, até que você pule pra ela), quando me deparo que uma simpática atendente que tráz consigo uma prancheta com um cartaz escrito "agora com preço reduzido, só míseros R$5,00", uma calculadora, dois blocos de anotação diferentes e um sorriso amarelo convencedor.
- Qual o seu pedido, senhor?
Primeiramente, o senhor está céu, com muito respeito.
Segundamente (?), já sei o que quero. Sim, mas pensando bem, ela não sabe que sei exactamente o que quero. Daí pensei: falo ou não falo? falo ou não falo? falo ou não falo? FALEI.
- Uma casquinha mista senhora.
Ela tem coragem de anotar numa folha de papel (pedaço viril de uma plantinha que dispôs-se a virar um "algo" do qual o homem possa aproveitar para guardar suas descobertas durante a história, mais conhecida como computador papel), um mero "tracinho" num dos malditos quadradinhos do papel. Arrancou a folha de um bloco de imagens idênticas estampadas em folhas igualmente organizadas e enfileiradas e entregou-me, mais uma vez sorrindo um sorriso falso e aplausivo dizer por entre os dentes de significado "o senhor fez a melhor escolha do mundo, senhor, em adquirir um produto com a qualidade McDonalds".
Ok, confesso que senti a repugnante dor de uma plantinha que passou sua vida inteira fornecendo o ar que você e seu sorriso amarelo comprado pela mídia respiram, mas suportei. Segurei o pedaço da plantinha papel com a mão direita, enquanto voltava o olhar sobmerso em suor para o caixa, na ânsia de ser atendido o quanto antes.
Chegou o momento, colorido, repleto de flores e fantasias de um atendimento McDonlads:
- Qual é o seu pedido, senhor?
Segurando o pedaço da plantinha papel escondido, respondi espontânea e instantaneamente:
- Uma casquinha mista senhora.
- Acompanha uma água, senhor?
(Tem como desligar o computador enquanto escrevo esta parte do post, senhor gerenciador do blog?)
- Não, só a casquinha senhora, respondo.
- Ok, um momento, senhor.
(bom... pelo menos não preciso anotar também o número do protocolo como nas ligações... ops, estou invadindo a próxima e agrotóxica reclamação)
- ... o senhor pode aguardar ao lado, senhor senhor senhor senhor senhor senhor - isso fica soando sobre meus pensamentos.
Aguardo ao lado, com o pedaço da plantinha papel na mão e mais do que surpreendentemente, pergunto-me:
(alguém aí chuta a pergunta?)
- Catso, então pra quê desfiar a pobre plantinha, catso?!?!?!?!?!?!?! (com direito a vários pontos de exclamação e interrogação consecutivos)
Virei para a moça que me deu o papel e falei: sua insana, selvagem, cruel, maltratadora dos pobres-vegetais que inserem o ar que respiras - pensei. Obviamente não falei isso no meio de um shopping-center com movimentado público das (por volta) 18:13h de um ensolarado sábado preso em uma sala de curso.
Bom, peguei a casquinha-mista-senhor e fui-me andando em passos nada largos, degustando uma casquinha de qualidade deprimentemente-química McDonalds.
Feliz fui-me embora, porém a plantinha que cedeu seu corpo fica em meus sonhos. Esta noite terei dificuldades para esquecê-la. Talvez eu até crie uma série da plantinha heróica, que tal senhor gerenciador do blog?
Bom... que fique minha reclamação: de nada adiantou a sorridente moça de qualidade McDonalds escrever um texto "-" (traço) numa folha inteira. No final das contas, dobrei-a delicadamente, e coloquei-a ao lado do caixa, para os curiosos, na intensa expectativa de que o nada-pequeno McDonalds tenha um programa de reciclagem.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Poluição sonora: nosso ouvido não é pinico!

Hoje, ao sair para almoçar, comecei a prestar mais atenção em um problema que, há até bem pouco tempo, era exclusivo das grandes cidades, a poluição sonora. Bastou eu andar apenas algumas quadras para os meus ouvidos começarem a ser bombardeados com barulhos vindos de todos os cantos.

Em um intervalo curto, de quatro quadras (até o restaurante), nada menos que cinco carros de som passaram por mim. Um deles anunciava as "promoções" de uma determinada loja, outro anunciava um espetáculo circense que está na cidade, aliás, este último estava tão alto que não dava nem para conversar direito, e os outros três eu nem fiz questão de prestar atenção sobre o quê diziam.

E olha que eu moro em uma cidade pequena, com menos de 40 mil habitantes. Mas, claro, não são só os carros de som que contribuem para essa algazarra. Existem muitos carros e motos cujos donos fazem questão de remover os seus respectivos silenciadores (talvez porque sejam surdos!), tornando uma conversa quase impraticável, quando estamos próximos a estes veículos com os motores ligados. Isso sem contar os ônibus e caminhões, os quais, além do barulho, quase nos asfixiam com sua fumaça preta.

Outra coisa irritante, e que virou moda, são aqueles aparelhos de som ligados nas portas das lojas. Alguém já parou para ouvir o que o locutor fala? A maioria fala: "Promoção, promoção, promoção, não deixe de conferir as nossas promoções." E aí o cara se empolga e começa a falar os preços dos produtos. (Seriam radialistas frustrados? Coitados, só estão tentando ganhar seu dinheiro honestamente! Nada contra eles!) O problema é que irrita! Além de irritar, isso é poluição sonora!

Não é um carro de som berrando no meu ouvido, ou um locutor torrando a minha paciência, que me fará entrar em algum lugar para comprar alguma coisa. Muito pelo contrário, não gosto de barulho e não gosto de algazarra! Tá bom, eu sei, aí você vai me perguntar por que raios eu não vou morar no campo? Também não sejamos extremistas! O que eu estou reclamando aqui é do barulho em excesso, que é prejudicial para os nossos ouvidos, como igrejas (sim, algumas fazem barulho, acho que pensam que Deus é surdo!  Não precisa gritar, ele vai ouvir do mesmo jeito!), jovens com seus sons automotivos no último volume (impressionante como gosto não se discute, se lamenta! Eu nunca vi um carro com um som nas alturas que estivesse tocando uma música legal! Acho que eles querem mostrar o quanto podem ser irritantes!), festas que acabam abusando do limite sonoro, e por aí vai, exemplo é o que não falta.

Enfim, são coisas que poderiam muito bem ser evitadas, já não chega a correria e o stress do dia-a-dia, ainda temos que aguentar esse barulho infernal onde quer que formos? Muitas cidades possuem leis contra carros de som, já é um começo. Mas ainda falta uma fiscalização mais efetiva quanto a poluição sonora em geral. Sou a favor da aplicação de multas aos que desrespeitarem, afinal é a saúde alheia que está em jogo. É melhor que as autoridades fiquem atentas a este grande problema, ou ficaremos todos surdos!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Maus tratos a animais: até onde chega a crueldade humana?

Em primeiro lugar, gostaria de pedir desculpas a todos que acompanham o blog, pois estou há alguns dias sem postar. É que eu penso que escrever apenas por escrever não vale a pena. Vocês que acessam merecem o melhor conteúdo, e eu não estava (nestes dias que se passaram), conseguindo pensar em algo útil.

O tema de hoje é muito revoltante. Sou suspeito para falar, principalmente porque aprendi a amar e respeitar estas criaturas que Deus criou, os animais. A parte boa é que boa parte do planeta pensa como eu, a parte ruim é que existem os que não pensam assim. E isso é revoltante.

Eu já ouvi pessoas se vangloriando por terem maltratado gatos, cachorros, pássaros, e tantos outros bichos indefesos. Uma pessoa que maltrata um animal é alguém desprezível, que não merece o alimento que come. Nem vou entrar em religião (se é uma coisa aprovada por Deus ou não), porque independente de qual seja, não há justificativas para tal.

Dias atrás, há alguns meses, eu me deparei com uma reportagem na internet, em que uma pessoa arremessava filhotinhos em um rio. Sinceramente, eu nem li (e não leio), essas coisas para não ficar ainda mais revoltado com a crueldade humana. (Se o céu existe, ele deveria ser habitado apenas por animais.) São casos e mais casos sobre isso. Infelizmente este não é um fato isolado.

Eu tinha dois gatos (tinha, porque gato adora passear à noite e eles se foram), que encontrei em uma caixa fechada, ao lado do cemitério da cidade, apenas esperando a morte chegar. E pensar que eram três, mas um deles morreu. Coitados, os dois estavam quase mortos quando foram encontrados. Graças a Deus foram bem cuidados, vacinados e hoje estão por aí.

Assim como os gatos, muitos cachorros são abandonados na rua quando seus donos se mudam, ou até mesmo quando os donos não gostam mais do bichinho. Eu tenho uma cachorrinha que é uma prova viva disso. Ela era de uma mulher casada, que acabou se separando. Então ela foi dada para a mãe dessa mulher, que já possuía um outro cachorro. Como os dois cachorros não se davam muito bem (ao invés de tentar apaziguar a situação), tudo foi resolvido do modo mais simples: a cachorrinha foi colocada pra fora de casa, com casinha e tudo. Hoje ela mora comigo e, aconteça o que acontecer (aliás, como já aconteceu, eu tamém me separei), ela vai comigo para onde eu for. Estes são apenas dois casos com finais felizes, diante dos milhares com finais horríveis.

Fora gatos e cachorros, muitos outros animais sofrem maus tratos. Não precisamos nos esforçar muito para lembrarmos de outros casos, como os cavalos dos catadores de papel. Os coitadinhos ficam no sol o dia inteiro, parando poucas vezes para comer, cansados, levando chicotadas para irem mais depressa e no meio do trânsito. Quando não são mais úteis para seus donos, simplesmente são abandonados em um canto qualquer para morrer. Concordo que o catador de papel também sofre, mas garanto que não sofre a metade do que seu fiel ajudante sofre. Uma coisa que chama a atenção é que isso não está ligado a classe social, como muitos podem pensar. Ou seja, não liga para o pobre cavalo porque não tem dinheiro. Não, pois eu já vi casos em que o cavalo foi deixado em uma clínica veterinária para tratar de um problema na pata, porém, a relação "custo-benefício" (pode uma coisa dessas?), para seu dono, não seria viável. Em outras palávras, era um cavalo em que não valeria a pena investir na sua recuperação (colocar pino sai caro), então a ordem foi para sacrificar o pobre animal. Aí eu pergunto: era um problema de dinheiro? Não, não era.

São coisas que me deixam muito triste. Como pode um animal ser simplesmente descartado? Estes dias eu estava assistindo a um programa em que o apresentador e seu convidado estavam pescando. É a chamada "pesca esportiva". Por um lado até que é bom, pois o bicho não morre. Mas, se pensarmos bem, é um esporte um tanto quanto cruel, não é? Ao menos para os peixes. Afinal, o peixe se debate por sua vida, com a boca perfurada por aqueles anzóis, simplesmente para o homem provar o que? Que conseguiu dominar uma criatura da água? Quer uma medalha por isso? E isso ainda é considerado esporte?

Por falar em "esporte", o que dizer dos rodeios? Movimentando milhões de reais (e dólares em todo o mundo), aqui no Brasil, são grandes eventos realizados às custas do sofrimento dos animais. Alguém já parou para se perguntar o motivo de o touro pular tanto? Aposto que todos sabem. (Amarre uma corda nos testículos dos peões, puxem com toda a sua força, e vejam como eles irão pular até mais do que os touros!) A platéia toda vibrando, enquanto o pobre animal pula por causa da dor que está sentindo. Por que não colocar um touro mecânico lá no meio da arena? Por que tudo deve ser feito com animais? Isso vale para touros, cavalos, ovelhas, bodes, sei lá, qualquer bicho que sirva de atrativo para o público vibra com o "espetáculo".

Espetáculo, uma palavra que lembra circo, e circo lembra animais (e palhaços, o que não vem ao caso!), existrem maus tratos a animais nos circos? Existem sim! E como! Vira e mexe são apreendidos e levados aos zoológicos muitos destes animais. Grande parte deles vivem em jaulas sem o menor conforto (não consigo imaginar uma jaula confortável, pois não consigo imaginar uma prisão confortável), passam fome, apanham para aprender novos "truques", quando não são abandonados à beira da morte em algum lugar longe de tudo e de todos. Por mim, deveria ser proibido qualquer tipo de apresentação com animais nos circos. Até mesmo porque, quando algum tratador sem noção é atacado, quem acaba levando a pior é sempre o animal. Ninguém pensa que, se um elefante foge e causa uma tragédia, é porque o animal está estressado. Então o que acontece? Enchem de bala aquele animal e arranjam outro.

Elefantes, uma vez eu vi uma reportagem sobre marfim. O homem tem a capacidade de matar um elefante para retirar seus dentes. Não dá para acreditar. A lista dos animais que sofrem nas mãos dos que se dizem "mais inteligentes da Terra" (e menos evoluídos), é enorme. Vai desde cães e gatos até elefantes e baleias. Nenhum deles está a salvo. Se existe uma espécie nova, lá estará o homem para caçá-la. Cabeças de ursos são utilizadas como enfeite de parede (imagine uma cabeça humana em uma parece, seria, no mínimo assustador! Mas a do urso pode, muitas vezes com sua última expressão de dor...), seu corpo como tapete, casacos de pele, botas e bolsas feitos de couro de jacaré, ou de outro animal, ou seja, a vida dos animais não vele nada. O que vale são seus restos mortais. Trágico, não? Mas é isso mesmo.

Eu aproveito este espaço para fazer um apelo: não maltrate os animais. Se você possui um, parabéns, faça o possível para tratá-lo da melhor maneira possível. Seja ele um gato, cachorro, ou o que for, dê muito carinho. Pois não importa se você está sujo ou limpo, com dinheiro ou sem, de bom humor ou de mau humor, chorando ou rindo, se brigou com ele há pouco ou não, nada disso importa, o que importa é que sempre que você chega em casa, ele vai lhe receber com todo o carinho do mundo e com o amor mais puro que existe. Então, não permita que nossa correria do dia-a-dia o impeça de dar atenção ao seu bichinho de estimação. Troque sempre a sua água, ainda mais neste calor que anda fazendo, para que o pote esteja sempre com água fresca, não o deixe passar fome, enfim, ele depende de você. Lembre-se: jamais brigue com eles por algo que tenham feito há tempos, pois os animais possuem memória de apenas alguns segundos. Coitados, eles nem saberão o porquê de estarem levando bronca ou apanhando. Não o deixe amarrado ou trancado no sol, tenha semre um lugar fresco, onde eles possam descansar.

Enfim, eles são uma extensão da nossa família e nos ensinam muitas coisas. Dentre elas, uma muito importante: a de superar uma perda. Quem é que nunca chorou por um cachorrinho que partiu? Se os animais nos ensinam tanto, por que maltratá-los? Vamos torcer para que o homem evolua como ser-humano e entenda de uma vez por todas o valor dos animais para o planeta e, principalmente, para nós mesmos. Claro, faltou eu falar sobre touradas, farras do boi, brigas de galo e muitas outras crueldades. Porém, não vale a pena ficar escrevendo sobre isso. Acredite, é muito ruim escrever sobre esse assunto, porque eu fico imaginando o que estes animais sofreram (e ainda sofrem), nas mãos do homem que, por se considerar mais evoluído (embora eu não acredite que seja), teria a obrigação de protegê-los. Felizmente, existem pessoas boas e o meu maior desejo é que estas pessoas boas cresçam em número e que, em um futuro muito próximo, os animais ganhem o respeito que merecem. Não precisamos eleger um jumento como presidente, mas sim não maltratá-lo. Já passou da hora de parar com os maus tratos a animais! Vamos fazer a nossa parte!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Honestidade: um dever que virou qualidade.

Hoje em dia a honestidade é sinônimo de qualidade. Não deveria. A honestidade deve vir do berço. Desde pequeno aprendi que ser honesto é o princípio básico da educação de um indivíduo. Infelizmente não é isso o que está acontecendo com a sociedade. O que a maioria (veja bem, a maioria, não todas), das pessoas querem mesmo é nos passar para trás. Seja em um negócio, na vida particular, na empresa, não importa. Sempre estamos vulneráveis a algum tipo de trapaça.
Não precisamos nem pensar muito para lembrarmos da última vez que fomos enganados ou que tentaram nos enganar. Exemplos não faltam, como pequenos furtos, coisas que somem de dentro da sua própria casa, ou algum colega de trabalho tentando nos passar pra trás, ou até mesmo quando deixamos nosso carro em uma oficina e temos que confiar na avaliação do mecânico, dentre muitas outras coisas.

Por que é tão difícil encontrar pessoas honestas? Parece que o mundo inteiro quer levar vantagem, custe o que custar, não importa o que esteja em seu caminho. Passar uma pessoa para trás é sinônimo de esperteza, de onde veio isso? O homem, aos poucos, vai se degradando com seus atos e isso é triste

Quantas vezes você já foi ao mercado e viu um carro estacionado em uma vaga para idosos ou deficientes? Muitas, não é mesmo? E aposto, também, que você já viu, na maioria das vezes, pessoas que não se enquadram no perfil dessas vagas e mesmo assim as utilizam indevidamente. E isso não restringe a uma vaga de estacionamento, outro exemplo que você já deve ter visto: em uma fila enorme (na verdade não interessa o tamanho da fila, e sim o ato),  alguém simplesmente começa a conversar com um amigo (nem precisa ser tão amigo assim, basta ser conhecido), e pronto! Dentro de instantes esse "alguém" já faz parte da fila. Isso é justo? Por que não enfrentar a fila como todo mundo deveria fazer? 

E no trânsito, então? Em meio a um congestionamento, eis que passam pelo acostamento vários carros. Eu vejo isso acontecer direto. Vivenciei isso no final do ano, na BR-116. O trânsito parado e os "espertos" podando todos os carros pelo acostamento. E se uma ambulância necessitasse chegar ao local, como faria? Aliás, no trãnsito é onde encontramos mais pessoas desonestas: estacionar em local proibido, parar em cima da faixa de segurança, furar um sinal, ultrapassar o limite de velocidade, tudo isso é desonestidade, tudo isso é feito para que se possa levar algum tipo de vantagem.

Já pensou como o mundo poderia ser bem melhor se existissem apenas pessoas honestas? Imagine como seria bom poder confiar nas pessoas. Atualmente temos que depender da sorte para encontrar pessoas honestas. Felizmente elas ainda existem. O homem deve parar com esse conceito de que honestidade é sinônimo de burrice. Se uma coisa não lhe pertence, não pegue. Se estragou, conserte. Se achou, devolva, não importa o que seja Já devolvi dinheiro que encontrei no chão para seu dono várias vezes, e continuarei devolvendo. Aí você pode estar se perguntando: como tem certeza de que realmente era o dono? Olha, 100% de certeza eu não tive, mas ao menos pude dormir com a minha consciência tranquila porque fiz o que era certo. Se a pessoa mentiu para mim, ela é quem foi desonesta, não eu. É assim que temos que agir. Sabe o que ganhamos com isso? Um mundo melhor. É a Lei da Atração. Seja honesto e serão honesto com você.

Enfim, na maioria dos posts eu tenho falado a mesma coisa, mas é a mais pura verdade. A solução está na educação, porém, primeiramente naquela educação que vem de berço, de pai e mãe. Ensine seus filhos a serem honestos. Ensine que a honestidade não deve ser encarada como qualidade e sim como dever. Faça disso o princípio da educação. As crianças são um reflexo dos seus pais, por isso, dê bons exemplos. 

Por mais que nos esforcemos, a esta altura do campeonato, não conseguiremos mudar esta geração, mas podemos melhorar, e muito, a próxima. Se nossas crianças forem educadas da forma correta, o futuro delas será muito melhor. Caso contrário, daqui a algumas gerações, poderemos vir a ter um mundo sem leis, e não é isso o que desejamos para os nossos descendentes, não é mesmo?

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Drogas: uma viagem para o inferno!

Vou começar este post com uma pergunta: o que leva uma pessoa a começar a usar drogas? Motivo é o que não falta. Brigas com pais, namorados, influência de "amigos", problemas pessoais, enfim, tudo o que você possa imaginar. O que eu acho estranho é que seus efeitos são conhecidos por todo mundo, por exemplo, você provavelmente não é um usuário, ou usuária, mas sabe muito bem o que acarretaria com o seu corpo, caso fosse. E é isso o que eu não entendo: mesmo sabendo seus efeitos, todos os danos que causa em nosso organismo, como é que uma pessoa é capaz de, ainda assim, utilizar?

A fuga da realidade poderia ser uma desculpa, ou seja, enquanto a pessoa está "alta", nenhum problema a preocupa. Seria uma fuga de tudo e de todos. Mas então, quando o efeito passa, além do corpo estar deteriorado, os problemas continuam na mesma, muitas vezes até pioram. A parte triste é que essa mesma pessoa, a essa altura do campeonato, já deve estar viciada, seu corpo já pede por mais drogas, ele "necessita" daquilo para continuar a viver. (Graças a Deus eu não tenho noção desta sensação, e nem quero ter!)

Nas inúmeras palestras que eu já assisti sobre drogas, aprendi que, assim como tudo nesta vida, previnir é melhor do que remediar. Entre outras palavras, uma porcentagem muito baixa de pessoas viciadas em drogas consegue se recuperar. Assim como a violência, aliás, drogas e violência andam lado a lado, é um problema que não tem a ver com classe social, região, raça, sejá lá o que for. O aumento de viciados é diretamente proporcional ao aumento da violência.

Uma pessoa dependente química fará o possível para conseguir saciar a sua vontade. Dependendo do grau de dependência, o mais pacato cidadão será capaz de roubar, mentir, violentar e até mesmo matar. Tudo isso graças aos efeitos causados pelas drogas. Elas destróem a pessoa e a família. Todos sofrem.

Tem um ditado que diz que um problema sem solução, solucionado está. Eu não acho que seja o caso das drogas, porém, se providências não forem tomadas, provavelmente este problema se tornará sem solução. Ainda há tempo para fazermos alguma coisa. Tudo começa com uma boa educação, mas ainda não estou falando de escola, colégio ou faculdade, e sim a educação que vem do berço, aquela mesma que recebemos dos nossos pais. Lógico que não precisa falar sobre drogas com uma criança de 2 anos, mas sim ir preparando aos poucos para o futuro. Fazendo com que, à medida que for crescendo, saiba diferenciar e se afastar das más influências.

Não é possível fugir dos nossos problemas (eu que o diga, com esse maldito dente, que até hoje eu tenho que tratar!), é possível adiá-los, mas eles podem ficar maiores! Com certeza ficarão! Então, essa história de fuga da realidade, isso não existe. Se alguém usa drogas por causa disso, é duplamente burro! Uma por usar e outra por tentar fugir. Seu mundo é esse aqui, não existe outro! Quer se livrar de um problema? Encare-o de frente, não deixe que ele venha até você.

Bom, eu poderia ficar aqui escrevendo a noite inteira sobre os tipos de drogas existentes e seus efeitos, mas está mais que claro que, seja lá quais forem, não vale a pena utilizar nem mesmo a que causa "menos danos" ao nosso organismo.

Claro, como não poderia deixar de ser, ainda falta uma boa colaboração do nosso Governo com relação ao assunto. Um combate mais efetivo contra o tráfico de drogas, bocas de fumo, lugares e pessoas suspeitas, até mesmo nas escolas, aliás, principalmente nas escolas, onde os traficantes vão atrás de potenciais compradores. Sem contar na educação, quanto mais palestras e aulas sobre o assunto, melhor. É importante preparar muito bem o jovem para que no futuro ele não venha a ser mais um perdido nesse mundo obscuro e quase sem esperanças.

Enfim, nós podemos colaborar, com simples atitudes, por exemplo, se você conhece algum dependente químico, tente convencê-lo a ir a uma clínica, para que possa fazer um tratamento. Se não conhece ninguém, melhor ainda, instrua as crianças e jovens com quem tem contato, para que eles jamais pensem em utilizar qualquer tipo de droga. Com essas atitudes, certamente você estará salvando muitas vidas. Pense nisso!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Televisão brasileira: qualidade discutível.

O tema do post de hoje é um pouco mais light, televisão. Deixando de lado qualquer tipo de preferência por emissora, seja ela líder de audência ou não, tente responder a seguinte pergunta: como está a qualidade da tv brasileira nos dias atuais? Em meio a tanta baixaria, BBBs, programas sensacionalistas, filmes repetidos, humorísticos apelativos, fica difícil encontrar algum progrma de qualidade para assistirmos.

Na guerra pela audiência tudo se copia e muitas vezes, programas idênticos passam em emissoras diferentes. Uma fórmula de sucesso sempre acaba sendo copiada (na maioria das vezes mal copiada), exaustivamente até enjoarmos. Se uma emissora lança um BBB, por exemplo, a outra lança Casa dos Artistas, uma terceira lança o Busão do Brasil, e não podemos esquecer de A Fazenda. É uma enxurrada de cultura inútil para os telespectadors, com flashs ao vivo de todos os acontecimentos das casas, fazendas, ônibus, seja lá o que for. Sempre com muito apelo sexual e nenhuma cultura.

Mas isso não é exclusividade destes programas compostos por pessoas normais fazendo coisas que fazemos em casa. (Que graça tem assistir isso?) Existem outros programas com o prazo de validade vencido e que ainda insistem em fazer parte das grades de programação das emissoras, como Zorra Total (não consigo rir com aquilo, ou será que eu sou chato demais?), A Praça é Nossa, dentre outros. Nada contra quem gosta, afinal, gosto não se discute.

Então o brasileiro, para fugir da programação do final de semana (afinal, durante os dias úteis, a maioria trabalha e não tem tempo para assistir, se bem que não perdem nada!), junta seu suado dinheirinho e compra um pacote de tv por assinatura. A injustiça já começa pelo pacote, onde os canais interessantes estão nos pacotes mais caros, pois os mais baratos são compostos pelos canais abertos, TV Senado (por que raios o Governo gasta dinheiro em uma transmissão de tv?), Terra Viva (compra e venda de bois), uns 20 canais religiosos (de onde eles tiram dinheiro para isso eu não sei. Tá bom, eu sei, mas não vou nem comentar sobre isso...), e uns 5 ou 6 canais que realmente interessam. Pensa que acabou? Não acabou não! Eis que no meio da programação do Discovery Channel, simplesmente começa um infomercial de 30 minutos! (Um Polishop da vida!) Isso não é justo! Sem contar no excesso de reprises. Não dá para aguentar.

Voltando para a tv aberta, aos sábados e domingos nós não temos escapatória: ou assistimos enormes programas de auditório, com mais de duas horas de duração, ou algum filme repetido, ou simplesmente vamos fazer outra coisa, como navegar na internet ou dar um passeio. (Nesse ponto é bom, pois esta situação acaba nos "obrigando" a sair de casa para dar uma volta.)

Mas, pensando bem, de quem é a culpa? Vamos analisar da seguinte maneira: se estão passando, é porque está dando lucro. Se dá lucro é porque existem anunciantes. Se existem anunciantes é porque existem pessoas assistindo, em outras palavras, a qualidade da televisão brasileira está neste nível porque você assiste! Então, não adianta reclamar dos BBBs da vida, ou Faustão, Fantástico, novelas, etc. Enquanto existirem pessoas assistindo (e estou falando na casa de milhares), estes programas continuarão no ar.

Eu não sou assinante de nenhuma tv, navego na internet enquanto a maioria dos progrmas está passando. As únicas coisas que eu assisto são os jornais e as partidas de futebol. Porém, gosto muito de documentário e, há cerca de um ano, a Cultura fez uma parceria com o Discovery Channel e transmitiu alguns programas, os quais eu não perdia um dia sequer. O problema é que, ao que tudo indica, um número muito pequeno de pessoas assistia, então foi tirado do ar. É assim que funciona, seja para as coisas que achamos boas, seja para as coisas ruins.

É só não assistir! Mas o povão gosta mesmo é de ver uma boa baixaria na tv. É mais legal ver sensacionalismo do que cultura. Então a tendência é essa: a qualidade vai piorar. Ou você se acostuma, ou procura outra coisa para fazer. Pode até assinar um plano de alguma tv, mas vai ter que aprender a conviver com as reprises. Ao menos existem vários canais para se distrair enquanto uma reprise é apresentada. Mas não se engane: mesmo com uma tv por assinatura, muitas vezes ficamos sem opção para assistir.

Enfim, a tv que você assiste é a tv que você quer assistir? Eu acho que não e está muito longe disso. Claro que gosto é gosto e muita gente adora BBB, Faustão, Gugu, Silvio Santos, A Fazenda, e muitos outros programas que existem por aí. Eu não critico quem gosta, o que critico é que, em meio a tantas opções, quase nada se salva! Não dêem audiência para coisa que não presta. Desligue o seu aparelho de tv, quem sai ganhando é você, pois além de não assistir porcaria, ainda economiza energia elétrica. Pense nisso.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Violência: ela está entre nós.

Antes de começar a escrever este post, parei para pensar por uns instantes: a violência está aumentando no mundo, ou ela sempre existiu nas mesmas proporções, mas somente agora (com a tecnologia), tem sido mais divulgada? Ela é tão antiga quanto a própria humanidade. O problema é que, à medida em que a humanidade evolui, a violência também acompanha o rítmo. Não deveria, mas acompanha.

Atualmente, quem mora nas grandes cidades sabe muito bem do que eu estou dizendo, é impossível passar por alguns locais à noite. Corremos o risco de sermos assaltados, espancados ou mortos. Outro lugar em que estamos menos seguros é em um estádio de futebol. Gosto muito de futebol, mas não frequento os estádios por medo de apanhar. Não sou de briga e, assim como eu, existem muitas pessoas que também não vão aos estádios pela mesma razão.

Uma coisa que chama a atenção é que ela não está ligada a região, religião, pessoa ou classe social. Então ela está ligada a quê? À educação, às más influências, às drogas, à falta de Deus no coração, e por aí vai. Não há justificativa para a violência, revanche, vingança, ódio, são todos sentimentos de pessoas fracas. Como alguém, que agrediu seu semelhante, consegue ter a consciência tranquila? Esse é o ponto, uma pessoa assim não possui consciência. Para ela, o correto é assim mesmo, a lei da selva.

O homem é o único animal que mata por prazer. Aí você pode estar pensando em tubarões, ursos, leões, etc. Pois bem, os outros animais matam para se defender. Não podemos chamar de defesa uma briga por causa de um jogo de futebol ou religião. Isso é inadmissível! Ainda mais se for por causa de religião: o que prega a Biblia? Amar seus semelhantes? Amar não é bater ou matar.

É chover no molhado quando falamos sobre violência. A cada dia que passa, mais crimes horríveis acompanhamos nos noticiários e mais pessoas são vítimas da violência. Isso, além de nos deixar com medo, ainda nos deixa algumas perguntas que, por enquanto, são sem solução:  até quando será assim? Um dia isso irá acabar? Onde eu estarei seguro? Dentre muitas outras.

Com o tempo nós vamos aprendendo a conviver com ela. Por exemplo: quantos pais (e mães, claro), não falaram para seus filhos entregarem o que pedirem, durante um assalto. Até nos próprios noticiários somos alertados: dêem o que pedirem, não reaja, pois você poderá ser morto. Pode uma coisa dessas? Nós somos refens da violência. Ao invés dos bandidos estarem presos, nós é quem estamos.

Enfim, podemos chegar à conclusão de que nenhum lugar é seguro. Por mais que fiquemos em casa a maior parte do tempo, ela poderá chegar até nós na forma de um assalto ou um vizinho revoltado. Já que temos que conviver com ela, então vamos colaborar para que ela não aumente. Vamos ter paciência e procurar resolver todos os nossos problemas com diálogo, pois está mais do que provado que violência gera violência. É a Lei da Atração, quer você acredite ou não. Se acredita, pratique, se não acredita, faça um teste. Em ambos os casos evite utilizar de violência e sua vida irá mudar para melhor!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Esmola: dar o peixe ou ensinar a pescar?

Já não basta apenas sairmos de casa para sermos abordados por algum tipo de pedinte. De tempos em tempos a campainha toca e, assim que perguntamos quem é, ouvimos a mesma coisa: tem alguma coisa para dar? Tenho sim, um "Não" bem grande e sonoro, pois na maioria das vezes são jovens em perfeitas condições para poder trabalhar. Pedir esmola é um trabalho? Parece que sim.

Moro em uma cidade pequena, no interior de São Paulo. Quando me mudei para cá, há quase 5 anos, não haviam pedintes. Eu até fiquei admirado com isso, pois estava acostumado com a rotina de cidade grande com pedintes e flanelinhas (que são pedintes disfarçados), por todo lugar.

Mas eis que o tempo passou. Apareceu um, depois outro e agora já temos alguns em pontos estratégicos da cidade. Quando eu almoço pelo centro, sempre tem uma mulher, sentada no mesmo local, pedindo moeda. Se ela guardasse todas estas moedas, já poderia ter comprado uma passagem para o lugar de onde veio!

Há algum tempo eu assisti uma reportagem sobre uma mulher que alugava crianças bem novinhas para poder pedir. Ou seja, a criança era para impressionar as pessoas, geralmente de colo. Coitadinha, tem filho pequeno, vamos dar umas moedinhas pra ela, e por aí vai. Ao menos era isso o que ela gostaria que pensássemos.

Bom, eu não estou dizendo para termos o coração feito de pedra. Realmente, existem situações em que temos que colaborar, como contribuir com asilos, orfanatos, claro, desde que saibamos que se trata de uma instituição confiável.

Minha grama aqui em casa está enorme, por que ninguém passa aqui para saber se eu quero que corte, ou se quero que lavem meu carro ou pintem minha casa? Por que tem que ser dado? Eu não dou esmola, não adianta. Pode parecer estranho, mas eu sinto muito mais pena de um cachorro de rua, morrendo de fome, do que dessas pessoas que ficam pedindo as coisas. Porque sei que o coitado do cachorro vai atrás das coisas e já fez de tudo para poder comer, já revirou lixos, andou por todos os lugares e continua ali, morrendo de fome. Já as pessoas que se dizem mendigas (a grande maioria, lógico, sempre há exceções), parecem mais saudáveis que nós. Apenas uma roupa suja e um cheiro característico de quem não toma banho há dias. Mas isso e o que eles têm que mostrar, que estão sofrendo.

Existem albergues e instituições públicas que servem comida e estadia. Existe, no Brasil, trabalho para tudo quanto é coisa que você esteja apto a fazer. Por exemplo: essa mulher que eu vejo todos os dias me parece muito saudável, apenas faz uma cara de coitada e pede dinheiro. Por que ela não vai procurar emprego? Porque enquanto existir um tonto para dar dinheiro, ela vai ficar pedindo. Daqui a pouco ela terá mais dinheiro que a gente.

O Brasil não é um primor em matéria de educação, mas esse povo todo que fica pedindo esmola pelas ruas poderia muito bem ir para a escola. Não é justo que os trabalhadores ainda tenham que sustentar mendigos. Eu sei, não foi culpa deles a situação em que se encontram, mas também não é nossa! Muitos deles são drogados e estão pedindo dinheiro para comprar mais drogas.

O Governo faz a sua parte, menos do que deveria, é verdade, mas eu já vi, tanto em Curitiba quanto em São Paulo, os mendigos sendo recolhidos pelos carros da prefeitura e levados para um local onde havia comida e estadia. Deveriam existir mais locais iguais a estes, mas sabemos que são poucos.

O fato é que, mais uma vez, o problema é conhecido e para resolvê-lo falta força de vontade. Educação! Esta é a palavra chave para a soluçlão de quase todos os problemas de qualquer país. Falta conscientizar as pessoas de que dar esmola não é a solução, apenas aumenta o problema, pois mais e mais mendigos aparecerão, afinal, é mais fácil pedir do que trabalhar. Falta educação para os mais necessitados, para que eles possam procurar emprego, para que possam ser aceitos pela sociedade. Mas para isso, falta investir em educação. E isso nós sabemos que está longe de acontecer.

Enfim, dar esmola não resolve, aliás, atrapalha, piora a situação. Não dê esmola, se quiser realmente ajudar, junte seu suado dinheiro e faça doações a uma instituição de caridade. Ou então, pague um almoço, mas não dê dinheiro, pois ele pode ser utilizado para cigarro, bebida e drogas. Se ninguém der esmolas, estas pessoas serão obrigadas a trabalhar para ter algum dinheiro. Só não venha me dizer que elas irão começar a roubar, pois se forem ladras, roubarão de qualquer maneira!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A arte de administrar o circo diretamente do picadeiro!

Um dos esportes prediletos do povo brasileiro é falar sobre política. Tão discutido quanto futebol, a política tem o seu lugar nas rodas de conversa de todo o país. Um dos acontecimentos mais polêmicos dos últimos tempos, no que se refere a este assunto, foi a eleição do Tiririca ao cargo de deputado federal. (Sim, agora o circo está completo! Se faltava o palhaço, não falta mais!)

Em sua propaganda eleitoral, o humorista aparecia vestido de palhaço e dizendo frases como: "O que é que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto", “vote no abestado” e “estou aqui para pedir seu voto porque eu quero ser deputado federal para ajudar os mais 'necessitado', inclusive a minha família”. (Com estas frases dá para perceber que, ao menos, ele foi honesto em sua campanha!) Piadas a parte, o fato é que mesmo assim ele foi eleito com mais de 1 milhão de votos.

O povo brasileiro tem o péssimo costume de confundir as coisas no momento de votar em seus candidatos. Se o candidato é um artista famoso, já é meio caminho andado para que seja eleito. Se ele faz as pessoas rirem, então, já está quase lá. Não é assim que funciona. Para um cargo tão importante como este, não basta simplesmente ser famoso. Um deputado federal, para se ter uma idéia da sua responsabilidade, tem como incumbência propor, emendar, alterar, revogar e derrogar (o mesmo que anular, abolir), leis. Será que nosso candidato eleito sabe disso?

Não vou nem entrar na questão referente ao analfabetismo, conforme denúncia do Mninistério Público Eleitoral (MPE), até mesmo porque, o juiz eleitoral Aloísio Sérgio Rezende Silveira rejeitou o pedido, argumentando que “a legislação eleitoral, desde a Constituição Federal até os atos infralegais, não exige que os candidatos possuam mediano ou elevado grau de instrução, mas apenas que tenham noções rudimentares da linguagem pátria”. (E depois ainda queremos que o país cresça e faça parte do grupo das grandes potências, chamado de Primeiro Mundo! Como? Se estamos quase na idade da pedra!)

Outra coisa interessante nesta história, antes mesmo de se candidatar, o humorista foi denunciado pelo MPE por falsidade ideológia. No registro de pedido da candidatura, Tiririca declarou não ter bens em seu nome. Porém, de acordo com entrevista concedida à revista Veja, ele disse que havia transferido os bens para terceiros, por conta de processos movidos por sua ex-mulher. Ou seja, já começamos mal. Se ele está tentando dar um jeitinho brasileiro na sua vida particular, imagine o que não fará na vida política.

O fato é que ele foi eleito, conseguiu o que queria. Vira e mexe, de tempos em tempos, recebemos e-mails com coisas do tipo: o salário do Tiririca será de tanto, a ajuda de custo será mais que o dobro do salário, viagens, hotéis cinco estrelas, e mais um mundo de mordomias. Eu não conheço uma pessoa que tenha votado nele, muito pelo contrário, só falam mal. Então, como é que ele se elegeu? Um milhão de pessoas é muita gente. E mais de um milhão de pessoas votaram nele, agora aguentem!

Ano após ano, em matéria de política (para não sair do assunto), o povo vem sendo castigado pela sua ignorância. O Brasil não tem memória, é impressionante! Todos os candidatos tornam-se bons e honestos às vésperas das eleições, seja lá para que cargo for. Fazem cara de feliz, abraçam e beijam criancinhas, visitam favelas, ou seja, fazem o suficiente para que o povo se esqueça de quem eles verdadeiramente são. E o que é pior: o povo esquece e acaba elegendo novamente muitas cobras criadas.

Enfim, adianta ficar relamando do Tiririca? Temos que agir, pois pior do que está fica sim! E como fica! Muito provavelmente, mais palhaços entrarão na onda e se candidatarão. Quem sabe, em um futuro muito próximo, nosso país seja um grande circo, em que os palhaços comandarão e nós pagaremos nosso ingresso através do Governo! A solução para isso é simples: educação. Mais uma vez a solução é conhecida, o que falta é força de vontade por parte das pessoas que podem fazer alguma coisa, pessoas que foram eleitas por nós. Vamos pensar duas, três, quatro, um milhão (que seja), de vezes, antes de eleger os nossos representantes no Governo. Vamos pesquisar sobre os candidatos, votar em quem possui experiência, não em quem possui mais simpatia, muito menos em quem nos faz rir. Lembre-se: não estamos votando em um candidato de "Show de Calouros" ou "Concurso de Piadas", estamos votando nos nossos representantes. É assim que queremos ser representados? Por palhaços? Nada contra os palhaços, mas o lugar deles é no circo (ou em festinhas infantis), não ajudando a comandar o Brasil. Pense nisso antes de apertar novamente o botão "Confirma".

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Enchentes: estamos apenas colhendo o que plantamos?

Já parou para perceber que a primeira coisa que bóia em uma enchente é o lixo? Nós estamos acabando com o nosso planeta a cada dia que passa. Nós produzimos uma quantidade enorme de lixo todos os dias, não temos aterros o suficiente para suportar toda essa demanda. Mas não é só, não temos coleta de lixo para todas as ruas de todas as cidades, principalmente as maiores, onde este lixo é abandonado em algum canto, jogado no esgoto e nos rios e córregos.

Então, quando cai uma chuva um pouco mais forte, ou constante, o que acontece? Os rios e córregos, com toda aquela sujeira, acabam transbordando. Isso é culpa da natureza? Não, isso é culpa nossa! Culpa da população, que não respeita o meio-ambiente, culpa das autoridades, que não tomam uma providência, que não instalam lixeiras, que mantêm áreas praticamente abandonadas, sem coleta de lixo e sem tratamento de esgoto.

Boa parte dessas áreas sem coleta são provenientes de invasões e aí está a explicação do porquê de utilizarem os rios como lixeira. Não é à toa que sempre são os primeiros afetados em uma enchente. Culpa deles? Sim e não. Sim porque poderiam se conscientizar e fazer a coisa certa. Não porque são pessoas, muitas vezes, ignorantes (do termo desconhecer, e não ignóbil, o que muita gente confunde), e não sabem o que isso acarreta. Aí entraria, mais uma vez, o Governo para ensinar estas pessoas e disponibilizar algum local para descarte de seu lixo.

Sempre foi muito mais barato previnir do que remediar. A apropriação indevida às margens de rios, córregos, morros, só pode resultar em uma coisa: tragédia. Cedo ou tarde acontece. Eu sei, muitos estão se perguntando: onde essa gente vai morar? Em qualquer lugar que não seja na beira de um morro ou às margens de um córrego ou um rio. O Brasil é gigantesco, tem áreas enormes desabitadas, não é possível que, ano após ano, o país sofra sempre com mortes e mais mortes decorrentes de enchentes e desabamentos. O Brasil precisa acabar com essas tragédias anunciadas. Todo mundo sabe o que vai acontecer. Uma grande parte da população não dorme tranquila quando o tempo fecha.

Enfim, vamos fazer a nossa parte, jogar lixo no lixo, parar de poluir o meio-ambiente. Não pense que o seu papel de bala não fará diferença no meio dessa imensidão de terra que temos. Imagine se toda a população mundial jogasse um papel de bala fora do lixo. Pense sempre assim: o meu é mais um para contribuir, seja para o bem, seja para o mal. E se fosse o contrario? Se toda a população do mundo jogasse lixo no lixo, existiriam enchentes? Talvez. Tornados? Sim, por que não? Vulcões? Lógico! A força da Natureza continuaria a causar mortes, mas pode estar certo que não seria nessa quantidade atual. Nosso ar seria melhor, afinal, não teríamos que sentir o cheiro dos rios mortos que existem em muitos lugares, como o Tietê, por exemplo, nossas vidas ganhariam uma qualidade melhor, tudo com o simples ato de jogar lixo no lixo.

Pense nisso na próxima vez que lhe der preguça de andar até a lixeira mais próxima, ou quando estiver prestes a descartar alguma coisa pela janela do carro. Nós podemos mudar o mundo, é só termos força de vontade. Lugar de lixo é no lixo!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cigarro: até o que sobra incomoda!

Jogue lixo no lixo. Isso é um ótimo título para um post, mas não é esse o caso. Vou falar sobre cigarro. Adianta reclamar do cigarro? Aquele cheiro horroroso (só quem fuma mesmo para aguentar), a fumaça, as cinzas e as guimbas. Guimbas? Que treco é esse? Uns conhecem como bitucas, outros como guimbas, enfim, é a "pontinha" que sobra. A parte do filtro, aquilo que não pode ser fumado.

Eu não tenho nada contra quem fuma. Boa parte dos meus amigos fumam, eu já fui casado com uma fumante, mesmo detestando cigarro. (Só o amor mesmo!) O problema é o destino dessas bitucas. Após uma "boa" fumada, elas são simplesmente jogadas na rua, calçada, seja lá onde for. Então eu fico pensando: será que se essa mesma pessoa, que acabou de jogar na calçada a pontinha inútil do cigarro (existe algo útil?), estivesse no conforto do seu lar, jogaria no meio sala? Estranho, né?

Na empresa onde eu trabalho não existe um fumódromo, então seus funcionários fumam fora, na entrada mesmo. Fica sempre um pessoal fumando por perto. Nada de maia, afinal, o cigarro é um vício e não necessita de maiores explicações. O problema é que existe um lixo, daqueles com areia, para não pegar fogo, e eles insistem em jogar no chão, fica um nojo! Repito a pergunta: e nas suas respectivas casas, como seria?

Estes dias eu vi, meio de canto de olho, uma coisa brilhante caindo no meu quintal. Fiquei curioso. Assim que passei pela porta, dei de cara com o tiozinho, meu vizinho, que tinha acabado de atirar a sua bituca no meu quintal. Estava um clima seco, propício para incêncio. Quase que eu perguntei se ele queria botar fogo na minha casa. Melhor não dar idéia, afinal, eu passo o dia inteiro fora! Vai saber, não é mesmo?

O fato é que não custa se conscientizar um pouco e, já que está com espaço para levar um maço ou uma caixinha de cigarros, por que não levar algum dispositivo para jogar as pontinhas? Eu levaria. Eu fui criado de uma maneira que nem um papel de bala eu jogo fora do lixo. Ou seja, não faço mais que a minha obrigação. Por que não fazer o mesmo com as guimbas?

Já é ruim, para quem não fuma, aguentar o cheiro, por que então ainda temos que aguentar a sujeira? Vamos torcer para que seja inventado um cigarro biodegradável, já que não adianta torcer para que o mundo inteiro pare de fumar! A título de curiosidade: dos 1,25 bilhões de fumentes no mundo, cerca de 32 milhões são brasileiros. Se cada brasileiro fumar 5 cigarros por dia (o que é pouco, pois tem gente que fuma mais de um maço), serão 160 milhões de bitucas. Aí eu pergunto: todas elas vão para o lixo? Não, neste exato momento, independentemente de onde você esteja, poderá pisar em uma delas a qualquer momento, se é que não está pisando!

Minha primeira reclamação!

E a minha primeira reclamação vai para a Lei de Murphy. E eu que imaginei que a url que eu queria iria estar disponível. Não, não estava. Assim que eu tentei me cadastrar, no momento em que foi solicitada uma url para o meu blog, lá estava a mensagem: este endereço não está disponível.

Eu já tinha até divulgado há dias essa idéia de fazer um blog onde eu pudesse reclamar. Se eu tivesse essa idéia há alguns anos. Por que há alguns anos? Porque o endereço começou a ser utilizado em 2009, pior, só começou. Não tem um post sequer! Apenas uma apresentação pessoal.

E lá se foi o tonto aqui, ficar digitanto os endereços no browser para ver se existiam ou não. Claro que os que eu queria já estavam "ocupados". Restou esse, e mais uns outros também, porém menos intuitivos.

Enfim, comecei bem! Valeu Murphy!